terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Concessão, Light e Tractebel

Governo respeita contratos, diz Dilma 
Dilma defendeu o pacote de energia anunciado pelo governo e ressaltou que há respeito aos contratos assinados. "Meu governo adota de maneira escrupulosa o respeito ao contrato", disse, lembrando que a medida de renovação dos contratos de concessão no setor elétrico, que vai permitir redução da tarifa de energia, beneficiará a economia. "Foi uma inédita redução da tarifa, que vai assegurar vantagem comparativa para o Brasil", disse. A presidente afirmou que os contratos que estão vencendo estão recebendo novo tratamento. "Há respeito a eles. Estamos tomando medidas que se diferenciam da renovação. Essa foi uma decisão de dar um retorno aos consumidores do ganho obtido nesses anos de contrato." Dilma disse aos empresários que a defesa do consumidor é "um dos elementos políticos mais importantes" com a ascensão da classe média nos últimos dez anos. "Por isso, é importante que todos tenhamos consciência que serviços entregues, tanto na esfera pública quanto privada, exigirão mais qualidade. " A presidente afirmou que a nova classe médica exigirá das empresas e do serviço público "telefones que funcionem, que a saúde funcione, que as escolas sejam de boa qualidade". Segundo ela, "não vai dar certo separar as boas práticas para uma parcela da população e as práticas ruins para outra". (Valor)

Light prevê autorização para iniciar obras ainda este ano 
A Light, que detém a concessão da hidrelétrica de Itaocara, no rio Paraíba do Sul (RJ), espera conseguir ainda neste ano a licença de instalação para o empreendimento. O documento, que pode autorizar o início das obras depois de 11 anos de idas e vindas, está nas mãos do Ibama. A licença prévia, que atesta a viabilidade ambiental do projeto, foi dada em dezembro do ano passado. "O investimento previsto é de R$ 700 milhões a R$ 800 milhões", diz o superintendente de expansão da geração da Light, Luiz Fernando Guimarães. O desenho original da usina de Itaocara, cujo contrato de concessão foi assinado em março de 2001, previa potência instalada de 195 megawatts (MW) e uma área total de alagamento do reservatório de 88 km2. Diante das dificuldades ambientais, o projeto foi dividido em duas quedas d"água distintas. A Light ficou com a hidrelétrica Itaocara I, com 145 MW de potência e 60 km 2 de área alagada, e colocou a parte remanescente à disposição de interessados em elaborar novos estudos. Em março, a Aneel aprovou uma série de "recomendações" ao Ministério de Minas e Energia e à Secretaria do Tesouro Nacional, como um prazo adicional de 34 anos para a concessão da usina e isenção do pagamento da taxa de UBP até a entrada em operação comercial. Também sugeriu que a UBP fosse reduzida em 25%, mesma proporção do encolhimento da potência instalada, com a reconfiguração do projeto. (Valor)

GDFSuez eleva fatia na usina de Jirau 
A GDF Suez aumentou a participação na usina hidrelétrica Jirau para 60%, ao adquirir uma participação adicional de 9,9% que pertencia à Camargo Corrêa, informou a Tractebel Energia, controlada pela empresa francesa, em comunicado. “O preço foi baseado nos aportes de capital feitos pela Camargo Corrêa no projeto corrigidos até o momento”, informou a empresa ao acrescentar que desde o início do projeto os acionistas acordaram que a Camargo Corrêa deixaria o projeto durante as últimas fases da construção, quando os principais riscos da empreitada estivessem mitigados. Com a saída da Camargo Corrêa, a Energia Sustentável do Brasil, sociedade de propósito específico responsável pelo empreendimento, passa a ser constituída por GDF Suez (60%), Eletrosul (20%) e Chesf (20%) — as últimas duas do grupo Eletrobras. A transferência da participação da GDF Suez para a controlada Tractebel também está prevista. Na sexta-feira passada, o BNDES concedeu um financiamento adicional de R$ 2,3 bilhões para a usina que está sendo construída no rio Madeira.O investimento total na hidrelétrica é de R$ 15,7 bilhões. (Reuters)
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