Os investimentos mundiais em energia renovável bateram recorde de R$ 257 bilhões de dólares no ano passado. Tanto os países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento estão mais empenhados em promover a energia sustentável, segundo o relatório "Tendências Globais em Energia Sustentável", do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), apresentado ontem, por um dos principais negociadores do texto da Rio+20, o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.
O montante recordista foi 17% maior que o de 2010 e 94% maior que o de 2007, ano anterior à crise financeira americana.
Os dados refletem o aumento de investimentos que vem ocorrendo no mundo pelo sexto ano consecutivo.
— Os números são resultado da redução do custo da tecnologia no mercado, hoje associada a incentivos governamentais de cada país. Energia é fundamental para o desenvolvimento da economia — diz Steiner.
O Brasil, país de ventos favoráveis e com variedade na matriz energética renovável, tem hoje a menor tarifa do mercado para a energia eólica no mundo: U$ 0,06 por megawatts. Segundo Steiner, o governo brasileiro tem maior capacidade de desenvolver programas para promover a energia sustentável e competir com o mercado internacional.
— O brasileiro criou um modelo para subsidiar as companhias com preços mais acessíveis.
A energia barata do Brasil é vantagem para os produtores, para a economia e para o mundo, porque coloca a energia renovável em concorrência direta com as fontes tradicionais.
Segundo o relatório, a China é a líder na instalação de turbinas eólicas. Enquanto países do primeiro mundo caminham na direção de maiores investimentos em energia por meio dos ventos, Steiner aponta que é uma ótima oportunidade para a sociedade brasileira se questionar sobre a construção da usina de Belo Monte, na Bacia do Rio.
— Se tivermos que aumentar a capacidade de geração de energia, quais são as opções disponíveis? Isso irá determinar a capacidade de o Brasil produzir energia sob um paradigma de desenvolvimento sustentável. (O Globo)
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