Para marcar o mês em que esta seção completa 30 anos de existência - o aniversário será celebrado no próximo dia 25 -, começamos acompanhando os testes de avaliação de medidores de energia elétrica realizados nos laboratórios da Diretoria de Metrologia Legal e Científica do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro). Todo medidor tarifado de energia, água e gás está sujeito ao controle metrológico legal antes de lançado no mercado. Além da verificação obrigatória para a aprovação dos modelos que serão comercializados, o Inmetro realiza testes por solicitação de consumidores que desconfiam de erros de leitura do relógio. Para essa verificação é cobrada uma taxa, que varia de acordo com o modelo de medidor.
- Antes dessa etapa, no entanto, o consumidor que não concordar com o valor de sua conta de luz deve procurar a concessionária e solicitar uma revisão. A empresa tem prazo de 30 dias para emitir um relatório. Caso o cliente continue discordando da cobrança, pode recorrer ao Inmetro - explica o engenheiro eletrônico Sérgio Portugal, da Diretoria de Metrologia Legal.
Os relógios são encaminhados pelos fabricantes brasileiros e importadores, e testados no no Laboratório de Potência e Energia (Lapen), onde entramos nesta quinta e última reportagem da série sobre os bastidores dos ensaios feitos pelo Inmetro, iniciada em maio. A contagem exata de quantos watts foram consumidos é fundamental para os consumidores, que já têm que arcar com os aumentos das tarifas, como o é caso dos clientes da Light, que passarão a pagar mais 8,04% a partir de amanhã.
Em um único dia, 500 reclamações de moradores do mesmo bairro
A avaliação técnica feita no Lapen é composta de uma série de ensaios de desempenho, de perturbação (situações que podem interferir no funcionamento) e de segurança. Em 2010, foram realizadas verificações em 21.902 medidores de energia elétrica. Até junho deste ano, foram avaliados 16.032 equipamentos.
- Entre os testes que realizamos estão os de variação de frequência, de tensão e de temperatura. Verificamos se o medidor está dentro do padrão instalado no sistema. Estes, assim como todos os outros ensaios, são uma garantia para quem vai utilizar o medidor - destaca a engenheira Ana Maria Franco, chefe do Lapen.
O Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública (Nudecon) registrou centenas de reclamações em um único bairro. Nos últimos anos, os medidores tradicionais, conhecidos popularmente como relógios de luz, vêm sendo substituídos pelos modelos digitais. O setor elétrico considera que o avanço tecnológico torna a medição do consumo mais precisa. Para muitos consumidores, porém, a troca significou uma conta maior a pagar.
- Minha média de consumo durante o ano de 2010 foi de 307kW/h. Em fevereiro, foi marcado consumo de 1.787kW/h para uma família de quatro pessoas. Entrei em contato com a Light e pedi revisão e retificação, mas foi indeferida, sob alegação de que a medida do relógio está correta - conta Luís Cláudio Oliveira, que escreveu a esta seção. A concessionária reafirmou que a leitura estava correta.
Em Pilar, bairro de Duque de Caxias, o Nudecon atendeu, em um único dia, 500 moradores com a mesma reclamação: a elevação do valor da conta após a substituição dos medidores. De acordo com o defensor público Fábio Schwartz, um dos coordenadores do Nudecon, peritos designados pela Justiça estão avaliando a situação dos medidores:
- Existem várias ações individuais sobre esses casos. Ao que parece, esses equipamentos digitais são mais precisos. O Inmetro, a Light e a Ampla afirmam não haver problemas. Mas o fato é que o valor da conta está aumentando. Se isso estiver ocorrendo devido à maior precisão do medidor, evitando perdas para as concessionárias, talvez seja o momento de as empresas revisarem as tarifas.
A Ampla informou que, se o cliente não concordar com o parecer da vistoria, pode solicitar aferição do chip do medidor. Caso seja detectado algum problema no chip, a empresa o corrige, sem custo para o cliente, que também é ressarcido. Segundo a Light, os clientes têm à disposição diversos canais de atendimento para consultar os serviços prestados, inclusive no que diz respeito a informações sobre medidores,
consumo e leitura.
UM PASSO A PASSO DO DIREITO DO CONSUMIDOR
Inmetro: - O consumidor deve pedir a verificação do medidor à concessionária, conforme prevê resolução da Aneel.
Caso o cliente não concorde com o relatório, o pedido pode ser encaminhado ao Inmetro ou para o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem)
O custo para realizar a verificação varia de acordo com o tipo de medidor
Mais informações no site www.inmetro.gov.br, no link Tabelas de Serviços
Light: A Light afirma que os funcionários que fazem a leitura do relógio estão aptos a tirar dúvidas e explicar o funcionamento dos equipamentos de forma que o consumo seja acompanhado pelo cliente.
No site www.light.com.br há simuladores que buscam facilitar o entendimento da leitura. O cliente pode acompanhar ainda o histórico do consumo pela conta de energia
Ampla: A Ampla distribui em suas lojas panfletos explicativos sobre como acompanhar a leitura de seu medidor. É entregue a todo novo cliente um kit que também ensina como proceder para verificar o funcionamento do equipamento, tanto o analógico como o digital. Caso o cliente discorde da medição, deve entrar em contato com a empresa pelo call center ( 0800-2800120) ou pelas lojas e pedir a revisão da fatura Autor: Luiza Xavier (O Globo)
Leia também:
* Distribuidoras ainda tentam alterar regras
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: MME, EPE e ABRADEE
* Energia solar fica mais competitiva no país
- Antes dessa etapa, no entanto, o consumidor que não concordar com o valor de sua conta de luz deve procurar a concessionária e solicitar uma revisão. A empresa tem prazo de 30 dias para emitir um relatório. Caso o cliente continue discordando da cobrança, pode recorrer ao Inmetro - explica o engenheiro eletrônico Sérgio Portugal, da Diretoria de Metrologia Legal.
Os relógios são encaminhados pelos fabricantes brasileiros e importadores, e testados no no Laboratório de Potência e Energia (Lapen), onde entramos nesta quinta e última reportagem da série sobre os bastidores dos ensaios feitos pelo Inmetro, iniciada em maio. A contagem exata de quantos watts foram consumidos é fundamental para os consumidores, que já têm que arcar com os aumentos das tarifas, como o é caso dos clientes da Light, que passarão a pagar mais 8,04% a partir de amanhã.
Em um único dia, 500 reclamações de moradores do mesmo bairro
A avaliação técnica feita no Lapen é composta de uma série de ensaios de desempenho, de perturbação (situações que podem interferir no funcionamento) e de segurança. Em 2010, foram realizadas verificações em 21.902 medidores de energia elétrica. Até junho deste ano, foram avaliados 16.032 equipamentos.
- Entre os testes que realizamos estão os de variação de frequência, de tensão e de temperatura. Verificamos se o medidor está dentro do padrão instalado no sistema. Estes, assim como todos os outros ensaios, são uma garantia para quem vai utilizar o medidor - destaca a engenheira Ana Maria Franco, chefe do Lapen.
O Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública (Nudecon) registrou centenas de reclamações em um único bairro. Nos últimos anos, os medidores tradicionais, conhecidos popularmente como relógios de luz, vêm sendo substituídos pelos modelos digitais. O setor elétrico considera que o avanço tecnológico torna a medição do consumo mais precisa. Para muitos consumidores, porém, a troca significou uma conta maior a pagar.
- Minha média de consumo durante o ano de 2010 foi de 307kW/h. Em fevereiro, foi marcado consumo de 1.787kW/h para uma família de quatro pessoas. Entrei em contato com a Light e pedi revisão e retificação, mas foi indeferida, sob alegação de que a medida do relógio está correta - conta Luís Cláudio Oliveira, que escreveu a esta seção. A concessionária reafirmou que a leitura estava correta.
Em Pilar, bairro de Duque de Caxias, o Nudecon atendeu, em um único dia, 500 moradores com a mesma reclamação: a elevação do valor da conta após a substituição dos medidores. De acordo com o defensor público Fábio Schwartz, um dos coordenadores do Nudecon, peritos designados pela Justiça estão avaliando a situação dos medidores:
- Existem várias ações individuais sobre esses casos. Ao que parece, esses equipamentos digitais são mais precisos. O Inmetro, a Light e a Ampla afirmam não haver problemas. Mas o fato é que o valor da conta está aumentando. Se isso estiver ocorrendo devido à maior precisão do medidor, evitando perdas para as concessionárias, talvez seja o momento de as empresas revisarem as tarifas.
A Ampla informou que, se o cliente não concordar com o parecer da vistoria, pode solicitar aferição do chip do medidor. Caso seja detectado algum problema no chip, a empresa o corrige, sem custo para o cliente, que também é ressarcido. Segundo a Light, os clientes têm à disposição diversos canais de atendimento para consultar os serviços prestados, inclusive no que diz respeito a informações sobre medidores,
consumo e leitura.
UM PASSO A PASSO DO DIREITO DO CONSUMIDOR
Inmetro: - O consumidor deve pedir a verificação do medidor à concessionária, conforme prevê resolução da Aneel.
Caso o cliente não concorde com o relatório, o pedido pode ser encaminhado ao Inmetro ou para o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem)
O custo para realizar a verificação varia de acordo com o tipo de medidor
Mais informações no site www.inmetro.gov.br, no link Tabelas de Serviços
Light: A Light afirma que os funcionários que fazem a leitura do relógio estão aptos a tirar dúvidas e explicar o funcionamento dos equipamentos de forma que o consumo seja acompanhado pelo cliente.
No site www.light.com.br há simuladores que buscam facilitar o entendimento da leitura. O cliente pode acompanhar ainda o histórico do consumo pela conta de energia
Ampla: A Ampla distribui em suas lojas panfletos explicativos sobre como acompanhar a leitura de seu medidor. É entregue a todo novo cliente um kit que também ensina como proceder para verificar o funcionamento do equipamento, tanto o analógico como o digital. Caso o cliente discorde da medição, deve entrar em contato com a empresa pelo call center ( 0800-2800120) ou pelas lojas e pedir a revisão da fatura Autor: Luiza Xavier (O Globo)
Leia também:
* Distribuidoras ainda tentam alterar regras
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: MME, EPE e ABRADEE
* Energia solar fica mais competitiva no país