segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: MME, ANEEL e CEMIG

Ministério de Minas e Energia define garantias físicas para o leilão A-5
O Ministério de Minas e Energia, publicou no Diário Oficial da União de sexta-feira (18/11), as garantias físicas das hidrelétricas que deverão participar do leilão A-5. O certame está marcado para o dia 20 de dezembro, com início de suprimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2016. Ao todo, estão inscritos oito empreendimentos que somam 1.750 MW de capacidade instalada e 1.087,5 MW médios de garantia fisíca. Destes empreendimentos, apenas três possuem licença prévia ambiental: Cachoeira, Castelhano e Estreito. De acordo com a portaria da secretaria de planejamento e desenvolvimento energético, os projetos que entrarão no A-5 devem ser confirmados até o dia 1º de dezembro.

MME dá mais prazo para o leilão de energia A-3 de 2012
O MME alterou o prazo para que os empreendedores protocolem na EPE as informações e documentos necessários para o cadastramento de projetos no leilão A-3, previsto para 22 de março de 2012. Pela antiga portaria, o prazo para os interessados terminaria nesta segunda-feira (21/11). A data limite agora foi prorroaga para 15 de dezembro de 2011, até às 12 horas. A nota divulgada pelo ministério na sexta-feira (18/11) não explica o motivo da mudança. O leilão vai contratar a energia de usinas para início de suprimento em 1º de janeiro de 2015. Poderão participar da licitação parques eólicos, térmicas a gás natural, usinas a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). No A-3 de 2012 serão negociados contratos de comercialização de energia (CCEAR) na modalidade por disponibilidade, com prazo de vinte anos, para eólicas, e termelétricas a biomassa ou a gás natural em ciclo combinado. E CCEARs na modalidade por quantidade, com prazo de suprimento de trinta anos, para empreendimentos hidrelétricos.

Aneel multou estatal em R$ 17 milhões por causa do apagão
A Aneel multou Furnas em R$ 17 milhões por causa do apagão de dezembro do ano passado no Rio. Relatório da Superintendência de Fiscalização revela vários erros da estatal na subestação do Grajaú, que opera com menos transformadores do que deveria desde maio de 2010. "Um dos agravantes da ocorrência na subestação de Grajaú foi a indisponibilidade do banco de transformadores", diz o relatório. Furnas já recorreu e a palavra final caberá à diretoria da Aneel. Hermes Chipp, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), observou que "a notícia boa" é que há perspectiva de que dois transformadores da subestação do Grajaú voltem a operar em dezembro. Outro lado. Furnas informou, por meio de nota, que a subestação Grajaú "irá operar novamente em plena carga até o fim deste ano". A empresa disse que em abril de 2010 fez licitação para a compra de um dos transformadores, "seguindo rigorosamente" a lei de licitações, mas todos os proponentes foram desclassificados por não apresentarem a documentação necessária. Segundo a estatal, durante a implantação do segundo processo de licitação, em maio de 2010, ocorreu uma falha em outro transformador. O contrato com o fornecedor, segundo Furnas, foi assinado em fevereiro de 2011 e a empresa está "empreendendo esforços" para antecipar o prazo de entrega de março de 2012 para o fim de 2011.

Cemig prepara captação externa para início de 2012

A Cemig está preparando uma emissão externa denominada em reais para o começo de 2012. A empresa, que não revela o valor a ser captado, acompanha a melhora no ambiente externo para captações, após um segundo semestre mais fraco. "O mercado externo nunca esteve fechado para grandes empresas com baixo risco de crédito. A questão é que as taxas não valiam a pena", justifica o diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla. Em um cenário de indefinição em relação ao crescimento global, investidores e bancos estrangeiros estão atentos e cada vez mais dispostos a fornecer recursos para empresas brasileiras com forte exposição ao mercado interno, como a Cemig.

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