A capacidade instalada de energia dos ventos no país vai superar a das PCHs em 2013 e ainda será menor que a das usinas de biomassa em 2014. O levantamento foi feito com base no Plano Decenal de Expansão de Energia 2020 e nos resultados dos últimos leilões A-3 e de reserva, realizados em agosto.
As três fontes receberam empurrão juntas do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), criado em 2004. Na época, as PCHs eram a principal aposta, enquanto as eólicas tinha preço bem mais caro. Desde então, a ordem mudou e as usinas movidas por vento se tornaram muito baratas, conquistando boa parte da energia contratada nos leilões. Já as PCHs foram praticamente excluídas da concorrências e não têm crescimento previsto para os próximos anos.
A energia eólica deve encerrar 2011 com 1.283 MW instalados, oriundos do Proinfa e do adiantamento de usinas contratadas no leilão de 2009. O volume é bem inferior aos 4.201 MW de PCHs e 5.444 MW de biomassa. Em 2013, no entanto, as eólicas ultrapassam as pequenas centrais hidrelétricas, chegando a 5.272 MW, ante 4.376 MW.
Mesmo somando as usinas dos leilões deste ano, porém, a fonte não ultrapassa a potência instalada das térmicas a biomassa. Em 2014, serão 7.200,7 MW eólicos e 7.235,8 MW de biomassa.
O ainda pequeno volume de usinas instaladas é usado por especialistas como argumento para questionar o forte papel que as eólicas vêm assumindo na garantia do suprimento de energia nacional. Não por acaso, o setor eólico defende repetidamente a manutenção da demanda em 2 GW por ano nos leilões e se mobiliza para garantir a expansão da fonte no mercado livre, sem depender do ambiente regulado. (EnergiaHoje)
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