terça-feira, 31 de maio de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Aneel, Câmara, Chesf e Belo Monte

Governo autoriza contratações de aprovados em concursos para Aneel
A Aneel foi autorizada a nomear, a partir do próximo mês, 76 candidatos aprovados em concurso público para especialista em regulação de serviços públicos de energia e outros 63 aprovados para o cargo de analista administrativo. As contratações foram autorizadas na última sexta-feira (29/5) pelo Ministério do Planejamento. A medida, determinada pela ministra Miriam Belchior, é uma exceção à suspensão de novas contratações no setor público, prevista dentro do corte do orçamento da União anunciado pela presidente Dilma Roussef no início do ano. As vagas liberadas para a Aneel destinam-se a candidatos que já concluíram curso de formação e estao dentro da margem adicional de 50% prevista pela legislação para a convocação de aprovados. O ministério do Planejamento destaca que as contratações neste ano "estão sendo liberadas depois de análise caso a caso", sendo que, desde fevereiro, foram autorizadas 5,6 mil nomeações para o setor público. 

Manutenção de redes elétricas será tema de audiência 

A Comissão de Desenvolvimento Urbano realiza nesta quarta-feira (01/6) audiência pública sobre a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a manutenção das redes elétricas urbanas. O debate foi proposto pelos deputados Leopoldo Meyer (PSB/PR) e Rosane Ferreira (PV/PR). Eles explicam que receberam da própria Aneel a informação de que seria transferida para os municípios a responsabilidade de manutenção da rede de distribuição de energia elétrica. “O debate é importante para que não haja a incorporação de mais esse encargo para os municípios sem a contrapartida do recurso para sua execução”, disse Rosane Ferreira.  Foram convidados o diretor da Aneel Romeu Donizete Rufino; representantes da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e da Frente Nacional de Prefeitos. A reunião será realizada às 11 horas, no plenário 14. 

Chesf espera resolver até dia 6 impasse com Grupo Bertin
O presidente da Chesf, Dilton da Conti, disse ontem (30/5) que o acordo com o Grupo Bertin para quitar a dívida de cerca de R$ 220 milhões deve ser fechado em breve. Segundo ele, uma carta fiança deve ser entregue pela empresa hoje (31/5) e, até o dia 6 de junho, a dívida deve estar quitada, para que o Bertin não perca a outorga das termelétricas Maracanaú e Borborema. “Ainda não assinamos os termos, mas o assunto já está apreciado pela diretoria e vamos encaminhar para fazer [o acordo]”. Na semana passada, a Aneel revogou a autorização para o funcionamento das termelétricas Maracanaú e Borborema, do Grupo Bertin, por causa de uma dívida com o mercado de comercialização de energia. As duas usinas, com cerca de 320 megawatts (MW) de capacidade instalada, deveriam ter entrado em operação no início de 2010, mas começaram a produzir energia em janeiro deste ano.


Vale não tem estudo para aumentar fatia em Belo Monte
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que a empresa não tem estudos para ampliar sua participação no projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte. O executivo lembrou que a Vale não é líder do consórcio vencedor do leilão de Belo Monte e, por isso, não poderia falar sobre o interesse de outros participantes em deixar o projeto. O executivo afirmou que o foco da companhia no setor será em projetos de energia sustentável. "Quero desplugar a ideia que estamos ligados a hidrelétricas", ressaltou. Segundo ele, um dos caminhos que a empresa irá estudar também será o de energia eólica. De acordo com Ferreira, com a entrada em operação de Belo Monte, a energia que virá do projeto irá atender à demanda da companhia até 2016.  O presidente da Vale confirmou a saída do diretor de Energia, Almir Resende, mas afirmou que esta é uma mudança pontual na empresa. Ferreira confirmou que toda a diretoria executiva permanecerá a mesma, como anunciado por ele na semana passada, com exceção da diretora de Recursos Humanos, Carla Grasso, substituída por Vânia Somavila. Segundo ele, é natural que haja substituições numa empresa com mais de 119 mil funcionários e 127 diretores. (Agencia Estado)

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