Brasília - O descompasso entre a construção da hidrelétrica de Jirau e a implantação das linhas de transmissão de energia para as usinas do Rio Madeira (RO) pode custar caro aos sócios da Energia Sustentável do Brasil, responsável pelo empreendimento. Segundo Victor Paranhos, presidente da concessionária, sem as linhas, a usina não terá como antecipar a venda de energia, o que pode gerar uma perda de R$ 1,2 bilhão.
Pelo contrato original, Jirau começaria a operar em janeiro de 2013. Mas os sócios do empreendimento resolveram acelerar a construção para ter energia disponível para venda a partir de 2012. Essa eletricidade seria ofertada no chamado mercado livre, onde o preço praticado é mais elevado do que no segmento cativo, destinado aos consumidores comuns. Sem as linhas de transmissão, Jirau não terá como comercializar a energia que começará a produzir a partir do início do próximo ano.
"Estamos contabilizando uma perda de faturamento. Vamos deixar de ganhar algo como R$ 1,2 bilhão entre março de 2012 e janeiro 2013", afirmou Paranhos. A construção das linhas é de responsabilidade do consórcio Interligação Elétrica do Madeira, formado pelas estatais Furnas, Chesf e a concessionária privada de transmissão de energia Cteep As linhas irão de Porto Velho (RO) até Araraquara (SP), num trajeto de aproximadamente 2,5 mil quilômetros. O consórcio ainda aguarda a emissão da licença de instalação do Ibama.
Pelo cronograma oficial, as linhas devem entrar em operação a partir de 2013. "Não posso falar sobre o cronograma das linhas. O que posso dizer é que sem o linhão as usinas de Santo Antônio e Jirau vão poder gerar, no máximo, 300 megawatts de energia", disse Paranhos. (DCI)
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