sexta-feira, 4 de março de 2011

EPE: Energia eólica terá banco de dados

A EPE começa neste mês a montagem de um banco de dados público de geração eólica.

A empresa está recebendo informações de empreendedores referentes aos parques negociados nos leilões de energia, que serão consolidadas com registros anemométricos de institutos de pesquisa e fontes governamentais, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Marinha e Aeronáutica.

O objetivo da iniciativa é atualizar as estimativas do potencial eólico brasileiro para orientar os investimentos no setor. O único atlas oficial foi elaborado em 2001, pelo Cepel, da Eletrobras, e calculava um potencial total de 143 GW. Novas estimativas do próprio instituto ampliam esse número para mais de 250MW, levando em conta torres mais altas e a nova tecnologia.

“Temos duas linhas de trabalho. Uma delas é coletar registros anemométricos de outros institutos, superiores a 70 anos, para ver se é possível fazer um modelo estocástico (que dá padrão a eventos aleatórios) que mostre o comportamento do ventos e sua correlação com o sistema hídrico. O outro é fazer uma banco de informações que ajude os investidores a localizar seus parques”, explica o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

A primeira leva de informações será referente aos 71 parques negociados no leilão de reserva de agosto de 2009. Segundo o acordo feito com os empreendedores, os dados devem começar a ser enviados seis meses antes da entrada em operação comercial da usina. O envio é quinzenal, pela internet, e inclui médias de medição realizadas a cada 10 minutos de: temperatura, velocidade e direção dos ventos, pressão atmosférica e umidade relativa do ar.

De acordo com Tolmasquim, a intenção é tornar pública a maioria dos dados, em um sistema na internet. “A idéia é que a maior parte seja parte das informações seja publicada e aquelas mais estratégicas sejam fechadas, diz Tolmasquim. “Vai levar um tempo para consolidar essas informações e ter utilidade para o empreendedor, mas isso vai acontecer com a evolução do projeto.”  (Energia Hoje)

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