Copel é autorizada a estudar participação na hidrelétrica Baixo Iguaçu
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), autorizou a diretoria da Copel (PR) a retomar as negociações com a Neoenergia para a construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu. As duas empresas já estudaram o assunto em 2008, mas um dos principais entraves para a parceria naquela ocasião foi a necessidade de a estatal paranaense ter maioria das ações, o que foi resolvido com a alteração de lei estadual no fim do ano passado. Desta vez, a intenção é deixar o controle com a Neoenergia e, mesmo como minoritária, ajudar a resolver questões ambientais e judiciais que estão atrasando o início da construção da usina. A Neoenergia venceu o leilão da Aneel para a construção da usina no Paraná em setembro de 2008, derrotando proposta feita pelo consórcio formado pela Copel e pela Eletrosul. O investimento previsto na usina é de R$ 1,5 bilhão e a capacidade de geração, de 350 megawatts de energia.
Abradee X Estado de Mato Grosso
Foi adiada para o dia 23/2, após a maioria dos desembargadores julgar improcedente, a Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee) contra o Estado de Mato Grosso do Sul, visando a decretação de invalidade da Lei Estadual nº 3.749/2009 que proíbe a inscrição de usuários de serviços públicos em cadastros de proteção ao crédito. Na ação, a Abradee sustenta que a lei afronta os artigos 1º, II, 8º e 62 da Constituição Estadual e pugna, por liminar, pela suspensão dos efeitos produzidos pela referida lei. O governador do Estado manifestou-se pela concessão da medida. O presidente da Assembleia Legislativa defendeu a denegação da liminar e o Procurador-Geral de Justiça opinou pela concessão da ordem. Em sessão ordinária realizada na última quarta-feira (9/2), a conclusão do processo foi adiada em razão do pedido de vista do desembargador Sérgio Fernandes Martins.
BNDES: R$ 2,5 bi para eólica
O BNDES estima que disporá de cerca de R$ 2,5 bilhões para financiamento de usinas eólicas ao longo de 2011. O valor é pelo menos três vezes maior do que os R$ 808 milhões destinados pelo banco ao segmento no ano passado, informa Luiz André Sá d’Oliveira, gerente do departamento de Energia Elétrica. A carteira eólica do BNDES, criada em 2005, conta atualmente com 128 projetos eólicos em diferentes etapas de tramitação e que somam capacidade de 3.650 MW. O investimento é de R$ 16 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões financiados. Há 39 projetos contratados, num total de 893 MW, e que representam investimento da ordem de R$ 4,4 bilhões, com financiamento de R$ 2,7 bilhões. Outros nove já estão aprovados e somam 195,5 MW.
Crédito extra para Jirau
Os sócios da Energia Sustentável do Brasil (ESBR) iniciaram as negociações para obter o financiamento do BNDES para a ampliação da capacidade instalada de Jirau (RO), de 3.300 MW para 3.750 MW. A expansão da hidrelétrica deverá consumir cerca de R$ 1 bilhão, elevando o valor total do empreendimento para R$ 12 bilhões. Ainda não há uma previsão de quando a operação será concretizada. A primeira unidade geradora entrará em operação em março de 2012. A licença ambiental para a construção das linhas de transmissão foi concedida no fim de 2010. A GDF Suez é a sócia-majoritária da ESBR, com 50,1%. Os demais sócios são Eletrosul (20%), Chesf (20%) e Camargo Corrêa (9,9%).
Eólicas cada vez mais perto do mercado livre
O setor que congrega os produtores e equipamentos de energia eólica no Brasil está em busca de novos nichos de mercado para continuar crescendo. Após a consolidação dos leilões anuais promovidos pelo governo para geração por meio dos ventos, a meta agora é acessar o mercado livre de energia e conquistar uma fatia dessa classe de consumo que responde por cerca de 30% da demanda nacional, cujo volume total em 2010 foi de 59,8 mil GWh. Para alcançar esse novo mercado, o setor quer discutir a garantia física das usinas, que é aquela energia que os parques têm capacidade comprovada de entregar.
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