quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

EPE estima até 9 mil MW em parques eólicos nos próximos leilões

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estima que algo entre 6 mil MW e 9 mil MW em parques eólicos devem se cadastrar para os leilões de energia de reserva e A-3, marcados para o final do primeiro trimestre deste ano. Segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, essa previsão tem como base o número de usinas habilitadas tecnicamente para os últimos certames da fonte.

Nas últimas semanas, a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) pediu um prazo maior para que os investidores se cadastrem na licitação. Segundo a portaria publicada pelo MME, esse período de cadastro e habilitação vai até 18 de março, mas, para a associação eólica, seria interessante uma data limite em meados de maio. O presidente da entidade, Ricardo Simões, acredita que cerca de 10 mil MW em usinas devem estar na concorrência caso o governo de mais tempo para os empreendedores.

Para Tolmasquim, porém, o prazo colocado pelo ministério é suficiente, uma vez que a maior parte dos parques que vai concorrer na licitação já esteve em outros certames e, portanto, já possuem dados e documentação adequada para conseguir a habilitação técnica junto à EPE. “Todo ano tem isso. Eles (os investidores) têm um ano para se preparar, então, teoricamente, já estão prontos”, assinala o executivo do governo. “Não temos a intenção de mudar a data, a não ser que aconteça algum fato de maior gravidade”, adianta Tolmasquim. Segundo ele, o certame deve ser marcado para o fim de junho.

O presidente da EPE procura não fazer estimativa quanto ao preço que deve ser atingido no leilão, mas mostra otimismo. Nos últimos certames o preço da energia eólica tem caído, atingindo em 2010 o valor médio de R$133 por MWh. “A energia eólica atingiu um patamar muito competitivo. A cada ano temos sido surpreendidos, então espero ser surpreendido de novo”, comenta Tolmasquim. Ele lembra que embora exista uma tendência de os melhores projetos já terem sido viabilizados, nenhuma evolução da tecnologia, que favorecesse o barateamento da fonte, ocorreu.” A eólica atingiu um preço competitivo de mercado, e isso é espetacular”. (Jornal Energia)

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