O presidente da ABDAN (Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares), Antônio Ferreira Muller, ministrou uma palestra sobre os desafios e avanços da indústria para atender a demanda nuclear brasileira.
Muller falou durante o 2º Seminário Nacional de Energia Nuclear no Rio, sobre os esforços da ABDAN para implantar modificações no setor nuclear através da PEC (Projeto de Modificação da Constituição). Segundo Muller, o projeto teve uma ótima aceitação pelo Ministério de Minas e Energia. O executivo está otimista e acredita que a PEC vai ser aprovada até o fim do ano.
O projeto permite que entidades privadas possam construir, operar e comercializar energia, tirando o monopólio do governo. Outro item importante é a aprovação do local da usina pelo executivo, e não pelo congresso. Para isso, o risco de licenciamento e regulatórios terão que ser previsíveis, reduzidos e bem definidos. De acordo com Muller, o sistema atual de financiamento é demorado, não previsível, não tem prazo e não tem clareza nos requisitos. Ele lembrou do licenciamento de Angra 3, que tem sido parcial e liberado por níveis. “Para quem etá investido, isso é preocupante e muito caro”, disse.
Muller disse que há empresas interessadas na área nuclear brasileira, como as francesas EDF e o Grupo Suez, e a nacional CPFL. “Há dois anos atrás, havia resistência. Hoje, não há. Tive várias reuniões com o Zimmermam (na época ministro de minas e energia), e ele deixou claro que precisa da indústria privada. Agora temos que achar nessa nova casa, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados quem seria a pessoa ideal para liderar esse esforço”, disse.
A ABDAN quer instituir leilões específicos para área nuclear, como acontece nas outras áreas. E também apóia o projeto de lei que cria uma nova agência reguladora. (Agência Rio de Notícias)
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