O presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz Lopes, disse que a decisão sobre a participação das subsidiárias da empresa no leilão de A-5 será tomada pelo conselho de administração da Eletrobras.
Muniz Lopes classificou como "sem efeito" a chamada pública feita por Furnas para atrair sócios para o leilão. "A chamada de Furnas não serviu de nada. Não sei porque ela fez, só digo que a chamada dela está sem efeito", disse Muniz Lopes, que participou da Conferência Hidreletricidade Sustentável, no Rio de Janeiro.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá leiloar as hidrelétricas de Teles Pires e Sinop, no Mato Grosso, e Ribeiro Gonçalves, Estreito do Piauí e Cachoeira, no Piauí. Os empreendimentos ainda dependem do licenciamento ambiental.
A primeira chamada em busca de sócios para o leilão foi feita pela Eletronorte, em nome da Eletrobras. Furnas também fez a sua chamada pública e Muniz Lopes considerou que o aviso divulgado pela subsidiária com sede no Rio foi fruto de um mal-entendido. Para evitar novos ruídos, a holding Eletrobras fará uma chamada complementar para o leilão das cinco usinas. "Para acabar com essa história, daqui para frente quem vai fazer a chamada é a Eletrobras."
Indagado sobre a forma como a holding participará do leilão das cinco usinas, Muniz Lopes disse que o martelo só será batido na reunião de conselho da Eletrobras no começo de dezembro. O leilão está marcado para o dia 17.
De acordo com o presidente da Eletrobras, a única garantia é que as subsidiárias não concorrerão entre si nem participarão de consórcios rivais. "No Nordeste, a ideia é que entre a Chesf. No rio Teles Pires, podem entrar duas, mas sempre juntas e não separadas", disse.
O presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho, disse ontem que ainda não há "nada de concreto" sobre a forma de participação da empresa no leilão de 17 de dezembro. O executivo afastou a possibilidade de a subsidiária da Eletrobras entrar como concorrente de outras companhias do grupo.
"Vamos entrar em conjunto, na melhor opção que for para o sistema. É para agregar e não para dividir", disse Nadalutti, que também participou da Conferência Hidroeletricidade Sustentável, no Rio. (Valor Econômico)
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