A energia eólica começa a mostrar preços mais atraentes e ganhar espaço entre os grandes consumidores de energia em contratos de longo prazo.
A participação dela ainda é limitada. Não seria suficiente para abastecer todo o mercado livre, das grandes indústrias que consomem mais de 3 MW e representam cerca de 25% do consumo de energia no país. Seu preço, entretanto, está bem atraente, em cerca de R$ 135 por MWh, conforme o resultado do último leilão, realizado neste ano.
"Em contratos de longo prazo de energia de grandes hidrelétricas, por exemplo, o MWh sai a cerca de R$135. Mas a eólica tem a vantagem de um desconto de tarifa de transporte, por ser renovável", afirma Marcelo Parodi, sócio da comercializadora de energia Compass.
O avanço na competitividade da eólica é creditado a razões como a evolução tecnológica e o incentivo do governo, segundo Antônio Fraga Machado, presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A realização de projetos como o Proinfa (programa do governo para estimular fontes renováveis) e os leilões de 2009 e deste ano resultaram em redução gradativa no custo da eólica, diz ele.
"Em 2003, no Proinfa o custo do MWh ficou na casa dos R$ 200. Em 2009, o leilão ficou em torno de R$ 145. No deste ano, caiu para R$ 135." A eólica é mais competitiva que outras formas ofertadas, segundo Lúcio Reis, da Anace (associação de consumidores de energia). (Folha de São Paulo)
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