quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Rio Grande do Norte prepara mão de obra para eólicas

À espera do próximo leilão de fontes alternativas de energia, marcado para o final deste mês, o Estado do Rio Grande do Norte já se preocupa com a mão de obra que será preciso qualificar.
A energia eólica ainda não conta com técnicos e engenheiros suficientes para suprir a demanda no Brasil.

A ideia é tornar a região "referência mundial em energia limpa, não só em produção como em consumo", nas palavras do coordenador de energia do Estado, Tibúrcio Batista Filho. Para isso, o governo passou a articular com indústrias e escolas técnicas locais a formação de trabalhadores que poderão também atuar no que se transformará em um polo fabricante de equipamentos para energia eólica, segundo o governo. "Estamos esperando o resultado do leilão da próxima semana para quantificarmos a necessidade de turmas", afirma Batista Filho.

O Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis, que antes só trabalhava gás natural, passou a abranger energias renováveis. No último leilão, o Estado foi contemplado com 23 projetos, de 657 MW, e investimentos de R$ 3,5 bilhões. "O que chama a atenção nos projetos de eólicas é que há vontade dos investidores de alavancar projetos de crédito de carbono", afirma Maria Beatriz Mello, sócia do Trench, Rossi e Watanabe.
O escritório tem no portfólio investimentos de R$ 800 milhões em projetos de eólicas que compreendem seis parques de 170 MW de capacidade instalada. (Folha de S. Paulo)