Algumas ideias vêm iluminando a mente de políticos e as reuniões de projetos de empresas distribuidoras de energia elétrica no país. Depois do Bolsa Família e do cartão pré-pago do telefone celular, pode estar a caminho uma espécie de “bolsa-luz” que, além de subsidiar o fornecimento de uma certa quantia de eletricidade para as camadas de baixa renda da população, permitiria que elas, quando necessário e/ou possível, adquirissem mais crédito por meio do cartão pré-pago.
A Rede Energia, que distribui eletricidade a aproximadamente 16,5 milhões de habitantes de sete estados brasileiros, está à frente domovimento para implantar o novo modelo. A ideia é fornecer gratuitamente até 50 quilowatts (kWh) por mês às famílias necessitadas, desde que se integrem ao serviço pré- pago.
Como companheira de jornada, conta com o apoio da carioca Ampla. Em São Paulo, a AES Eletropaulo, em princípio, não acha que o programa signifique uma luz no fim do túnel. Outras empresas também são contra o subsídio. Em Brasília, o defensor da ideia é o senador Gim Argello, para quem os benefícios econômicos e sociais ultrapassariam o simples subsídio a cidadãos de baixa renda, como explicamos na série de reportagens a partir da página 4.
Regularizar as ligações elétricas clandestinas, os conhecidos “gatos”, pode trazer para o mercado formal milhares de consumidores, reduzir as despesas das distribuidoras com a energia perdida por esses meios e até aumentar suas vendas. Além, obviamente, de representar uma redução de riscos potenciais para a população, como incêndios, e, quemsabe, ajudar a diminuir a poluição visual de várias localidades.
Fabricantes de equipamentos como os medidores para a rede elétrica inteligente, a smart grid, aguardam com esperança que o novo modelo se concretize. No momento, há cerca de 63 milhões de medidores no país.
Substituir nem que seja uma parte deles significará a multiplicação de vendas para empresas como Siemens e Treetech. A dúvida é: quem pagará pela compra dos medidores?
(Brasil Econômico)
A Rede Energia, que distribui eletricidade a aproximadamente 16,5 milhões de habitantes de sete estados brasileiros, está à frente domovimento para implantar o novo modelo. A ideia é fornecer gratuitamente até 50 quilowatts (kWh) por mês às famílias necessitadas, desde que se integrem ao serviço pré- pago.
Como companheira de jornada, conta com o apoio da carioca Ampla. Em São Paulo, a AES Eletropaulo, em princípio, não acha que o programa signifique uma luz no fim do túnel. Outras empresas também são contra o subsídio. Em Brasília, o defensor da ideia é o senador Gim Argello, para quem os benefícios econômicos e sociais ultrapassariam o simples subsídio a cidadãos de baixa renda, como explicamos na série de reportagens a partir da página 4.
Regularizar as ligações elétricas clandestinas, os conhecidos “gatos”, pode trazer para o mercado formal milhares de consumidores, reduzir as despesas das distribuidoras com a energia perdida por esses meios e até aumentar suas vendas. Além, obviamente, de representar uma redução de riscos potenciais para a população, como incêndios, e, quemsabe, ajudar a diminuir a poluição visual de várias localidades.
Fabricantes de equipamentos como os medidores para a rede elétrica inteligente, a smart grid, aguardam com esperança que o novo modelo se concretize. No momento, há cerca de 63 milhões de medidores no país.
Substituir nem que seja uma parte deles significará a multiplicação de vendas para empresas como Siemens e Treetech. A dúvida é: quem pagará pela compra dos medidores?
(Brasil Econômico)