SÃO PAULO - A Eletrobras confia na renovação das concessões do setor elétrico que expiram em 2015, garante participação nos próximos leilões de geração e transmissão e, colocando-se como uma empresa de mercado, descarta qualquer mudança na estratégia de crescimento caso o atual presidente da República não eleja seu sucessor.
A estatal federal, contudo, não prevê aumentar a fatia na Celg, que agora terá a gestão compartilhada com o governo de Goiás, disse seu diretor financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado.
"A renovação das concessões em 2015 não preocupa. Se a concessão tiver equilíbrio econômico-financeiro, qualidade dos serviços e modicidade tarifária, não tem como não renovar... Estamos reunindo todas as condicionantes, não deixamos de fazer os investimentos, não deixamos o sistema vulnerável", afirmou o executivo nesta terça-feira à Reuters, por telefone.
Em 2015, muitas concessões de energia, entre elas de estatais, terão seu prazo encerrado. Ainda não existe definição sobre nova licitação ou renovação dos contratos. A decisão ficará a cargo do próximo governo federal.
Segundo Casado, a Eletrobras não deverá ser afetada por uma eventual mudança no governo. "A companhia está no mercado, aprimorando a sua governança e atendendo à necessidade de expansão do sistema elétrico... Construímos um caminho que coloca a Eletrobras em pé de igualdade com o mercado."
Essa expansão citada pelo executivo passa pelos futuros leilões de geração e transmissão de energia. Assim, a Eletrobras garante presença no leilão de renováveis e de reserva que acontecerá em agosto, do leilão de transmissão de 3 de setembro e de outros leilões de geração, como os do rio Tapajós.
"Tudo o que vier pela frente vamos participar", disse o diretor da estatal. "Desde que tenha a rentabilidade exigida pelos acionistas", acrescentou.
CELG E BELO MONTE
A gestão compartilhada da Celg não deverá evoluir para uma incorporação da distribuidora de Goiás, disse Casado. "Não trabalhamos com a perspectiva de aumentar a participação. Queremos ajudar a recuperar a companhia", frisou.
Em 10 de agosto, a Eletrobras anunciou um protocolo de intenções que prevê uma captação de 3,7 bilhões de reais pelo governo de Goiás junto à Caixa para liquidar dívidas e aumentar o capital da Celg.
No caso da usina de Belo Monte, Casado explicou que a estatal se comprometeu a pagar até 130 reais por megawatt-hora (MWh) por 20 por cento da energia destinada ao mercado livre -Sinobras e Gaia Participações, como autoprodutoras, têm direito aos 10 por cento restantes. "O consórcio Norte Energia tem outras ofertas, mas mantemos o nosso interesse", disse.
O diretor da Eletrobras explicou que uma das condições para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) libere o financiamento para Belo Monte é a venda garantida de energia. O banco de fomento deverá financiar até 80 por centro da obra, enquanto os 20 por cento restantes serão divididos em iguais proporções entre os componentes do consórcio. A holding Eletrobras e suas controladas Chesf e Eletronorte possuem, juntas, 49,98 por cento do consórcio. O contrato de concessão deve ser assinado na próxima semana, disse Casado. (Reuters)
A estatal federal, contudo, não prevê aumentar a fatia na Celg, que agora terá a gestão compartilhada com o governo de Goiás, disse seu diretor financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado.
"A renovação das concessões em 2015 não preocupa. Se a concessão tiver equilíbrio econômico-financeiro, qualidade dos serviços e modicidade tarifária, não tem como não renovar... Estamos reunindo todas as condicionantes, não deixamos de fazer os investimentos, não deixamos o sistema vulnerável", afirmou o executivo nesta terça-feira à Reuters, por telefone.
Em 2015, muitas concessões de energia, entre elas de estatais, terão seu prazo encerrado. Ainda não existe definição sobre nova licitação ou renovação dos contratos. A decisão ficará a cargo do próximo governo federal.
Segundo Casado, a Eletrobras não deverá ser afetada por uma eventual mudança no governo. "A companhia está no mercado, aprimorando a sua governança e atendendo à necessidade de expansão do sistema elétrico... Construímos um caminho que coloca a Eletrobras em pé de igualdade com o mercado."
Essa expansão citada pelo executivo passa pelos futuros leilões de geração e transmissão de energia. Assim, a Eletrobras garante presença no leilão de renováveis e de reserva que acontecerá em agosto, do leilão de transmissão de 3 de setembro e de outros leilões de geração, como os do rio Tapajós.
"Tudo o que vier pela frente vamos participar", disse o diretor da estatal. "Desde que tenha a rentabilidade exigida pelos acionistas", acrescentou.
CELG E BELO MONTE
A gestão compartilhada da Celg não deverá evoluir para uma incorporação da distribuidora de Goiás, disse Casado. "Não trabalhamos com a perspectiva de aumentar a participação. Queremos ajudar a recuperar a companhia", frisou.
Em 10 de agosto, a Eletrobras anunciou um protocolo de intenções que prevê uma captação de 3,7 bilhões de reais pelo governo de Goiás junto à Caixa para liquidar dívidas e aumentar o capital da Celg.
No caso da usina de Belo Monte, Casado explicou que a estatal se comprometeu a pagar até 130 reais por megawatt-hora (MWh) por 20 por cento da energia destinada ao mercado livre -Sinobras e Gaia Participações, como autoprodutoras, têm direito aos 10 por cento restantes. "O consórcio Norte Energia tem outras ofertas, mas mantemos o nosso interesse", disse.
O diretor da Eletrobras explicou que uma das condições para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) libere o financiamento para Belo Monte é a venda garantida de energia. O banco de fomento deverá financiar até 80 por centro da obra, enquanto os 20 por cento restantes serão divididos em iguais proporções entre os componentes do consórcio. A holding Eletrobras e suas controladas Chesf e Eletronorte possuem, juntas, 49,98 por cento do consórcio. O contrato de concessão deve ser assinado na próxima semana, disse Casado. (Reuters)