Esse foi o maior volume desde 24 de junho, quando foi registrado o recorde da temporada seca deste ano (7.201 MW). No dia 17 de agosto do ano passado, também uma segunda-feira, a geração térmica convencional não passou de 1.145 MW, apenas 2,24% da carga.
A diferença é atribuída por técnicos do governo a um inverno menos chuvoso este ano, ao aumento da demanda por energia elétrica, a alguma exportação para a Argentina e à saída momentânea da usina nuclear de Angra 1 (600 MW) do sistema. O aumento do consumo de energia térmica convencional tem impacto direto no bolso do consumidor, que paga a diferença por meio da rubrica "encargo de serviço do sistema". Em 2008, o acionamento das térmicas custou R$ 2,1 bilhões.
Descontados 717 MW exportados para a Argentina, a geração térmica tem como principal objetivo poupar água dos reservatórios das hidrelétricas para permitir que, em 30 de novembro, tenham 45% da capacidade no Nordeste e 39% no Sudeste/Centro-Oeste, metas definidas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
No dia 15 deste mês, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estavam com 63,35% da capacidade de água, o menor nível desde 2006 (59,14%). No final de agosto do ano passado, o nível era de 72,49%. No Nordeste, a situação no dia 15 era de 60,54% de água, contra 77,04% em agosto de 2009 e 64,35% em agosto de 2008. No Sul e Norte. a situação de agosto deste ano é até agora melhor do que a do mesmo período do ano passado.
O armazenamento de água é o que garante a manutenção do nível de geração das hidrelétricas ao longo do ano. Se há pouca chuva na época seca (maio a outubro), é necessário poupar para prevenir o risco de desabastecimento, se o período de chuvas seguinte (novembro a abril) for de baixa intensidade. Em 17 de agosto do ano passado, havia muita água e a geração hidrelétrica foi de 96,6% da carga total. Nesta segunda-feira, foi de apenas 84,74% da carga.
Com a redução do volume dos reservatórios, o preço da energia no mercado livre, o chamado Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), calculado por uma fórmula que inclui o custo da água, da operação e da manutenção das hidrelétrica, cresce. Na terceira semana de agosto de 2009, com os reservatórios mais cheios, estava no valor mínimo permitido pela regulamentação (R$ 16,31 por megawatt/hora, MW/h) em todas as regiões. Na terceira semana de agosto deste ano, está em R$ 119,93 por MW/h, considerada a carga média de energia.
Segundo técnicos, o uso de energia térmica convencional como substituta da hidreletricidade no período seco é uma realidade com a qual o brasileiro terá que se acostumar. Com o consumo crescente - de agosto de 2009 a julho deste ano a carga cresceu 7,3%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) -, e a realidade das novas hidrelétricas serem praticamente a fio d água (sem grandes reservatórios), levando a geração a cair drasticamente nos períodos secos, a termelétrica convencional é a principal fonte complementar disponível.
O que leva os técnicos do governo a achar que, este ano, o custo da energia térmica complementar será menor do que em 2008 é o fato de existir maior disponibilidade de gás para movimentar as turbinas, deixando a quase totalidade das usinas a diesel e a óleo combustível, mais caras e poluentes, desligadas.
A grande maioria das 25 usinas térmicas acionadas anteontem era movida a gás natural ou a GNL. Pelo menos três delas, responsáveis por cerca de um quarto da geração térmica total (1.606 MW) - Fortaleza, TermoPernambuco e Norte Fluminense - produziam a preço menor do que o PND.
O Nordeste, cuja produção hidrelétrica segunda-feira correspondeu a apenas 52,4% da sua demanda (4.129 MW para 7.878 MW) é o principal alvo da geração térmica adicional. Além de de ter gerado 1.245 MW, ainda recebeu 2.349 MW de outras regiões, especialmente do Sudeste. (Valor Econômico)
A diferença é atribuída por técnicos do governo a um inverno menos chuvoso este ano, ao aumento da demanda por energia elétrica, a alguma exportação para a Argentina e à saída momentânea da usina nuclear de Angra 1 (600 MW) do sistema. O aumento do consumo de energia térmica convencional tem impacto direto no bolso do consumidor, que paga a diferença por meio da rubrica "encargo de serviço do sistema". Em 2008, o acionamento das térmicas custou R$ 2,1 bilhões.
Descontados 717 MW exportados para a Argentina, a geração térmica tem como principal objetivo poupar água dos reservatórios das hidrelétricas para permitir que, em 30 de novembro, tenham 45% da capacidade no Nordeste e 39% no Sudeste/Centro-Oeste, metas definidas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
No dia 15 deste mês, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estavam com 63,35% da capacidade de água, o menor nível desde 2006 (59,14%). No final de agosto do ano passado, o nível era de 72,49%. No Nordeste, a situação no dia 15 era de 60,54% de água, contra 77,04% em agosto de 2009 e 64,35% em agosto de 2008. No Sul e Norte. a situação de agosto deste ano é até agora melhor do que a do mesmo período do ano passado.
O armazenamento de água é o que garante a manutenção do nível de geração das hidrelétricas ao longo do ano. Se há pouca chuva na época seca (maio a outubro), é necessário poupar para prevenir o risco de desabastecimento, se o período de chuvas seguinte (novembro a abril) for de baixa intensidade. Em 17 de agosto do ano passado, havia muita água e a geração hidrelétrica foi de 96,6% da carga total. Nesta segunda-feira, foi de apenas 84,74% da carga.
Com a redução do volume dos reservatórios, o preço da energia no mercado livre, o chamado Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), calculado por uma fórmula que inclui o custo da água, da operação e da manutenção das hidrelétrica, cresce. Na terceira semana de agosto de 2009, com os reservatórios mais cheios, estava no valor mínimo permitido pela regulamentação (R$ 16,31 por megawatt/hora, MW/h) em todas as regiões. Na terceira semana de agosto deste ano, está em R$ 119,93 por MW/h, considerada a carga média de energia.
Segundo técnicos, o uso de energia térmica convencional como substituta da hidreletricidade no período seco é uma realidade com a qual o brasileiro terá que se acostumar. Com o consumo crescente - de agosto de 2009 a julho deste ano a carga cresceu 7,3%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) -, e a realidade das novas hidrelétricas serem praticamente a fio d água (sem grandes reservatórios), levando a geração a cair drasticamente nos períodos secos, a termelétrica convencional é a principal fonte complementar disponível.
O que leva os técnicos do governo a achar que, este ano, o custo da energia térmica complementar será menor do que em 2008 é o fato de existir maior disponibilidade de gás para movimentar as turbinas, deixando a quase totalidade das usinas a diesel e a óleo combustível, mais caras e poluentes, desligadas.
A grande maioria das 25 usinas térmicas acionadas anteontem era movida a gás natural ou a GNL. Pelo menos três delas, responsáveis por cerca de um quarto da geração térmica total (1.606 MW) - Fortaleza, TermoPernambuco e Norte Fluminense - produziam a preço menor do que o PND.
O Nordeste, cuja produção hidrelétrica segunda-feira correspondeu a apenas 52,4% da sua demanda (4.129 MW para 7.878 MW) é o principal alvo da geração térmica adicional. Além de de ter gerado 1.245 MW, ainda recebeu 2.349 MW de outras regiões, especialmente do Sudeste. (Valor Econômico)