O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que a hidrelétrica de Belo Monte depende da mão forte do governo para sair. Vamos entender uma coisa: não é a mão forte do governo; a usina é, sim, um empreendimento estatal.
Era preferível que o governo fosse sincero, desde o começo, e dissesse isso. A Eletrobrás tem 15%; a Chesf, mais 15%; a Eletronorte, 19,98%, Petros, fundo de pensão da Petrobras, 10%; Bolzano Participações, sociedade entre Previ e Iberdrola, 10%, Funcef, 2,5% e a Caixa, mais 5%. A Queiróz Galvão, empresa que o governo vendeu como um dos líderes, vai entrar com 2,5%, e a Galvão Engenharia, com 1,25%. As companhias estão entrando com participações pequenas.
Para o Brasil crescer, precisa de energia. Mas vamos entender outro problema: o governo diz que será a maior hidrelétrica totalmente brasileira, porque tem 11 mil megawatts de capacidade instalada, mas isso será no auge, talvez em um ou dois meses no ano. Na verdade, o número mais otimista gira em torno de 4 mil megawatts, mas em alguns meses, chegará a apenas mil megawatts. A quantidade de energia que Belo Monte vai produzir é uma enorme incerteza, mas não a única: há dúvidas financeiras, fiscais - ninguém sabe quanto vai custar, e o governo está financiando quase todo o empreendimento com dinheiro do BNDES - e ambientais.
É o estado que está fazendo, correndo todos os riscos. E será pago com o dinheiro dos nossos impostos. Belo Monte continua sendo uma grande incerteza de todos os pontos de vista. Autor: Míriam Leitão (O Globo)
Era preferível que o governo fosse sincero, desde o começo, e dissesse isso. A Eletrobrás tem 15%; a Chesf, mais 15%; a Eletronorte, 19,98%, Petros, fundo de pensão da Petrobras, 10%; Bolzano Participações, sociedade entre Previ e Iberdrola, 10%, Funcef, 2,5% e a Caixa, mais 5%. A Queiróz Galvão, empresa que o governo vendeu como um dos líderes, vai entrar com 2,5%, e a Galvão Engenharia, com 1,25%. As companhias estão entrando com participações pequenas.
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