O modelo dos leilões de energia nova é insustentável para as indústrias, afirmou o presidente do conselho diretor da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Érico Sommer.
A principal crítica da entidade está no fato de que os concessionários estão cobrando mais caro pela energia das usinas aos clientes livres para compensar o valor mais baixo do preço da energia vendida aos consumidores cativos. "O investidor que entra no projeto, fica com um mico na mão, porque não consegue vender a energia para as indústrias", disse o executivo, que participou de evento sobre o mercado livre.
Esse modelo de leilão tem sido aplicado pelo governo federal para licitar grandes hidrelétricas, como as usinas do Rio Madeira (RO), Jirau e Santo Antônio, e Belo Monte (PA). Em Jirau, por exemplo, 70% da energia foi vendida ao mercado cativo a R$ 71,4/MWh pela concessionária Energia Sustentável do Brasil, que agora busca um comprador disposto a pagar, no mínimo, R$ 140/MWh pelos 30% descontratados até o momento. "Para garantir o equilíbrio do projeto, aumenta-se o preço para o cliente livre. Como isso vai se sustentar?", afirmou Sommer.
O executivo comentou que esse tema tem sido uma constante fonte de discussões entre as indústrias e o Ministério de Minas e Energia (MME). Sommer afirmou que os consumidores buscam condições isonômicas para ter acesso a energia desses grandes projetos.
Uma alternativa seria a inclusão de clientes livres e autoprodutores como compradores de energia nos leilões. "Nós toparíamos contratar a energia por um período de 30 anos", disse Sommer, que também é diretor de Meio Ambiente e Energia da Gerdau.
Segundo o diretor do departamento de Outorgas de Concessões, Permissões e Autorizações do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Suassuna, não compete ao governo interferir no preço da energia, mas sim garantir oferta para o mercado livre. "Com as usinas do Rio Madeira e Belo Monte, o governo garantiu uma oferta de 2,6 mil MW médios ao mercado livre. O poder concedente não deve interferir no preço, que é formado pela oferta e demanda do mercado", argumentou o executivo, que também esteve presente ao evento sobre o mercado livre.
Sommer, porém, discorda do argumento do representante do MME. Segundo ele, a partir do momento em que o governo federal fixa um preço-teto para a venda do mercado cativo, isso também influencia o valor da energia para os clientes livres e autoprodutores. "Se na base do processo o governo define a tarifa para o cativo, acaba definindo as condições para o restante", ponderou o presidente do conselho diretor da Abrace.(Agência Estado)
A principal crítica da entidade está no fato de que os concessionários estão cobrando mais caro pela energia das usinas aos clientes livres para compensar o valor mais baixo do preço da energia vendida aos consumidores cativos. "O investidor que entra no projeto, fica com um mico na mão, porque não consegue vender a energia para as indústrias", disse o executivo, que participou de evento sobre o mercado livre.
Esse modelo de leilão tem sido aplicado pelo governo federal para licitar grandes hidrelétricas, como as usinas do Rio Madeira (RO), Jirau e Santo Antônio, e Belo Monte (PA). Em Jirau, por exemplo, 70% da energia foi vendida ao mercado cativo a R$ 71,4/MWh pela concessionária Energia Sustentável do Brasil, que agora busca um comprador disposto a pagar, no mínimo, R$ 140/MWh pelos 30% descontratados até o momento. "Para garantir o equilíbrio do projeto, aumenta-se o preço para o cliente livre. Como isso vai se sustentar?", afirmou Sommer.
O executivo comentou que esse tema tem sido uma constante fonte de discussões entre as indústrias e o Ministério de Minas e Energia (MME). Sommer afirmou que os consumidores buscam condições isonômicas para ter acesso a energia desses grandes projetos.
Uma alternativa seria a inclusão de clientes livres e autoprodutores como compradores de energia nos leilões. "Nós toparíamos contratar a energia por um período de 30 anos", disse Sommer, que também é diretor de Meio Ambiente e Energia da Gerdau.
Segundo o diretor do departamento de Outorgas de Concessões, Permissões e Autorizações do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Suassuna, não compete ao governo interferir no preço da energia, mas sim garantir oferta para o mercado livre. "Com as usinas do Rio Madeira e Belo Monte, o governo garantiu uma oferta de 2,6 mil MW médios ao mercado livre. O poder concedente não deve interferir no preço, que é formado pela oferta e demanda do mercado", argumentou o executivo, que também esteve presente ao evento sobre o mercado livre.
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