Depois de adiar o leilão de energia A-3, que passou de março para junho, o governo não descarta mais a possibilidade de passar o ano sem realizar a licitação. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, diz não acreditar muito na hipótese, mas deixa claro que a realização do evento dependerá da demanda apresentada pelas distribuidoras, que são as compradoras nessas licitações.
“A economia está começando uma retomada, então acho que alguma demanda a gente deve ter. Acho mais provável ter (o leilão)”, palpitou o executivo do governo, que foi questionado sobre o tema nesta segunda-feira (2/4), durante evento em São Paulo. Quanto ao certame A-5, que também foi adiado de abril para agosto, a chance de cancelamento é ainda menor.
“Acho menos provável, porque ele vai contratar energia para 2017”, disse Tolmasquim, lembrando que o A-3 fechará contratos com início de suprimento em 2015 – ano em que hidrelétricas de grande porte, como Belo Monte, estarão colocando suas máquinas para funcionar.
De qualquer maneira, Tolmasquim acredita que uma possível baixa demanda não deixa de ser positiva. “A gente não vai ter um leilão esvaziado, porque temos uma oferta enorme (de usinas querendo vender energia). Vamos ter preços muito bons, porque vamos ter uma competição ferrenha”, apostou.
Outro ponto levantado pelo presidente da EPE foi a existência de diversas termelétricas com cronogramas atrasados que podem ter as concessões revogadas – o que abriria uma folga na sobrecontratação das distribuidoras. Tolmasquim não soube precisar o montante de energia vinculado a essas plantas, mas disse que é um número “significativo”. “Se você realmente tirar essas usinas, abre espaço para contratação em leilão”.
A EPE calcula que o País conta com uma sobrecontratação de algo entre 4 mil e 5 mil MWmédios até 2014. E, da previsão de demanda do Brasil para até 2020, que é de 61 mil MW, cerca de 77% já foram contratados. “O que é muito bom, traz uma tranquilidade enorme, um conforto. Mudou a situação, que antes era de o setor elétrico correr atrás da demanda. Hoje, se tem um setor que está preparado para o crescimento do Brasil é o elétrico”, comemorou Tolmasquim. (Jornal da Energia)
Leia também:
* Energia no mercado livre tem maior preço desde 2010
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: EPE, Cemig e Renova Energia
* Decisão sobre mudanças nas regras sai na próxima semana
* Grandes consumidores assumem mais riscos e encurtam prazo de contratos
* Impacto da energia fotovoltaica sobre mercado regulado preocupa distribuidoras
“A economia está começando uma retomada, então acho que alguma demanda a gente deve ter. Acho mais provável ter (o leilão)”, palpitou o executivo do governo, que foi questionado sobre o tema nesta segunda-feira (2/4), durante evento em São Paulo. Quanto ao certame A-5, que também foi adiado de abril para agosto, a chance de cancelamento é ainda menor.
“Acho menos provável, porque ele vai contratar energia para 2017”, disse Tolmasquim, lembrando que o A-3 fechará contratos com início de suprimento em 2015 – ano em que hidrelétricas de grande porte, como Belo Monte, estarão colocando suas máquinas para funcionar.
De qualquer maneira, Tolmasquim acredita que uma possível baixa demanda não deixa de ser positiva. “A gente não vai ter um leilão esvaziado, porque temos uma oferta enorme (de usinas querendo vender energia). Vamos ter preços muito bons, porque vamos ter uma competição ferrenha”, apostou.
Outro ponto levantado pelo presidente da EPE foi a existência de diversas termelétricas com cronogramas atrasados que podem ter as concessões revogadas – o que abriria uma folga na sobrecontratação das distribuidoras. Tolmasquim não soube precisar o montante de energia vinculado a essas plantas, mas disse que é um número “significativo”. “Se você realmente tirar essas usinas, abre espaço para contratação em leilão”.
A EPE calcula que o País conta com uma sobrecontratação de algo entre 4 mil e 5 mil MWmédios até 2014. E, da previsão de demanda do Brasil para até 2020, que é de 61 mil MW, cerca de 77% já foram contratados. “O que é muito bom, traz uma tranquilidade enorme, um conforto. Mudou a situação, que antes era de o setor elétrico correr atrás da demanda. Hoje, se tem um setor que está preparado para o crescimento do Brasil é o elétrico”, comemorou Tolmasquim. (Jornal da Energia)
Leia também:
* Energia no mercado livre tem maior preço desde 2010
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: EPE, Cemig e Renova Energia
* Decisão sobre mudanças nas regras sai na próxima semana
* Grandes consumidores assumem mais riscos e encurtam prazo de contratos
* Impacto da energia fotovoltaica sobre mercado regulado preocupa distribuidoras