quarta-feira, 4 de abril de 2012

Aneel congela tarifas de distribuidoras do Rede


Em rodada de reajuste realizada ontem pela Agências Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as distribuidoras do grupo Rede Energia tiveram suas tarifas de energia congeladas por não terem pago os encargos do setor.  As distribuidoras impedidas de corrigir o preço da energia foram a Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat), que atende a 1,1 milhão de unidades de consumo no Estado de Mato Grosso, e a Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul), que fornece energia a cerca de 800 mil consumidores.

A diretoria da agência reguladora chegou a aprovar os índices de reajuste anual para essas distribuidoras, mas eles somente serão autorizados se comprovada a quitação das dívidas.

A Cemat é a segunda distribuidora mais endividada com o setor elétrico. A Centrais Elétricas do Pará (Celpa), também do Rede, está numa situação de endividamento ainda pior e corre o risco de perder a concessão.

Ao todo, a Cemat deve cerca de R$ 110,2 milhões de encargos setoriais. A maior parte da dívida está relacionada ao não pagamento da energia fornecida pela hidrelétrica de Itaipu, totalizando R$ 30,1 milhões.

Outra parcela do endividamento está atrelada à Conta de Consumo de Combustível (CCC), encargo criado para subsidiar o pagamento de usinas termelétricas na região Norte com o objetivo de equilibrar o valor das contas dos consumidores locais. O saldo devedor da Cemat, com a CCC, é de R$ 29,2 milhões.

Ontem, a diretoria da Aneel aprovou o reajuste tarifário médio de 3,85% para a Cemig, que atende a cerca de sete milhões de unidades consumidoras em 805 municípios dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. As novas tarifas valerão a partir do próximo domingo.

A distribuidora mineira ficou com o percentual de reajuste de 3,88% para os consumidores de baixa tensão (residências e comércio) e o índice de 3,79% para a classe de alta tensão (indústria e grandes estabelecimentos).

A CPFL Paulista também foi contemplada com a atualização das tarifas que valerão a partir do próximo domingo. O reajuste tarifário médio ficou em 2,89%, com 2,61% para os consumidores de baixa tensão e 3,38% para as unidades de alta tensão. A companhia atende a 3,75 milhões de consumidores em cidades importantes do interior do Estado de São Paulo, como Campinas e Ribeirão Preto. (Valor Econômico)


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