Pesquisadoras da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Estadual de Campinas (Feec-UNICAMP) desenvolveram um novo equipamento que reduzirá o intervalo de tempo entre os religamentos de linhas de transmissão. Se comparado a métodos convencionais utilizados pelo sistema brasileiro, a nova tecnologia permitirá tempos menores de restabelecimento da energia e trará ganhos para o setor elétrico.
A ideia começou com um trabalho de mestrado da aluna Patricia Mestas, que foi orientada pela professora Maria Cristina Tavares, também uma das autoras da patente. Juntas, elas desenvolveram um processo que poderá religar as linhas com maior rapidez, resultando em sobretensões menores. “Ao invés de esperar mais de 500 milisegundos ou chegar na faixa dos minutos, nós conseguimos religar a linha em torno de 200 a 300 milisegundos. Com isso, nós evitamos problemas que podem vir a surgir com linha ficando toda aberta ou quando a linha ligada está em uma condição favorável”, explica Tavares.
Este novo procedimento será colocado em equipamentos já existentes e aplicado em linhas de transmissão de alta tensão. A aluna conseguiu realizar testes em um simulador de corrente elétrica, e monitorando as tensões foi possível identificar com antecedência o tempo ótimo de religamento das linhas.
O que se tem no mercado hoje é um sincronizador, porém, segundo a professora, a tecnologia atual não opera com a mesma lógica. A proposta do novo equipamento é substituir o sistema, o que diminuirá o tempo entre um religamento e outro da faixa atual de 700 a 800 milisegundos para algo em torno de 300 a 500 milisegundos.
No sistema convencional, na ocorrência de uma sobretensão muito alta, o esperado é que as linhas sejam religadas em 1,5 segundos, porém se a identificação da região correta para o religamento chegar a mais de um segundo, os problemas vão se somando, já que o sistema, muitas vezes não consegue proteger oscilações de tensão na hora da reabertura.
O grande diferencial do dispositivo pensado pelas pesquisadores é o tempo mais curto de atuação, assim o sistema terá sobretensões menores e a linha poderá ser religada mais rapidamente, resultando em mais segurança e em uma operação mais eficaz, o que não deixa de ser um ganho econômico. Além do aspecto técnico, a nova tecnologia promete ser economicamente acessível, por não exigir equipamentos especiais. “Com esse processo nós estamos evitando problemas. Reduzir as sobretensões vai melhorar o sistema elétrico e aumentar sua vida útil”, acrescenta a professora.
A nova tecnologia já está patenteada no Brasil e também em âmbito internacional. Hoje, passada a fase de testes, as inventoras estão à procura de parceiros para a montagem de protótipos visando a viabilização comercial do produto. (Jornal da Energia)
A ideia começou com um trabalho de mestrado da aluna Patricia Mestas, que foi orientada pela professora Maria Cristina Tavares, também uma das autoras da patente. Juntas, elas desenvolveram um processo que poderá religar as linhas com maior rapidez, resultando em sobretensões menores. “Ao invés de esperar mais de 500 milisegundos ou chegar na faixa dos minutos, nós conseguimos religar a linha em torno de 200 a 300 milisegundos. Com isso, nós evitamos problemas que podem vir a surgir com linha ficando toda aberta ou quando a linha ligada está em uma condição favorável”, explica Tavares.
Este novo procedimento será colocado em equipamentos já existentes e aplicado em linhas de transmissão de alta tensão. A aluna conseguiu realizar testes em um simulador de corrente elétrica, e monitorando as tensões foi possível identificar com antecedência o tempo ótimo de religamento das linhas.
O que se tem no mercado hoje é um sincronizador, porém, segundo a professora, a tecnologia atual não opera com a mesma lógica. A proposta do novo equipamento é substituir o sistema, o que diminuirá o tempo entre um religamento e outro da faixa atual de 700 a 800 milisegundos para algo em torno de 300 a 500 milisegundos.
No sistema convencional, na ocorrência de uma sobretensão muito alta, o esperado é que as linhas sejam religadas em 1,5 segundos, porém se a identificação da região correta para o religamento chegar a mais de um segundo, os problemas vão se somando, já que o sistema, muitas vezes não consegue proteger oscilações de tensão na hora da reabertura.
O grande diferencial do dispositivo pensado pelas pesquisadores é o tempo mais curto de atuação, assim o sistema terá sobretensões menores e a linha poderá ser religada mais rapidamente, resultando em mais segurança e em uma operação mais eficaz, o que não deixa de ser um ganho econômico. Além do aspecto técnico, a nova tecnologia promete ser economicamente acessível, por não exigir equipamentos especiais. “Com esse processo nós estamos evitando problemas. Reduzir as sobretensões vai melhorar o sistema elétrico e aumentar sua vida útil”, acrescenta a professora.
A nova tecnologia já está patenteada no Brasil e também em âmbito internacional. Hoje, passada a fase de testes, as inventoras estão à procura de parceiros para a montagem de protótipos visando a viabilização comercial do produto. (Jornal da Energia)
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