quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Aneel, Cemig, Copel e CCEE

Cemig vai investir R$ 2,1 bilhões em 2012
A Cemig planeja investimentos de 2,1 bilhões em 2012, o setor que vai receber maior atenção é a distribuição, aonde a Cemig vai destinar R$ 1,93 bilhão em projetos para o setor. O montante é mais de R$ 1 bilhão superior ao investido no ano passado, de R$ 794 milhões. A empresa planeja investir R$ 85 milhões na geração e R$ 138 milhões na transmissão. De acordo com Antonio Carlos Velez Braga, superintendente de Relações com Investidores da Cemig, esse investimento faz parte da estratégia da empresa, que é baseado no período de revisão tarifária. A Cemig acredita que 2012 é o melhor ano da distribuidora porque em 2013 teremos a revisão". Para o ano que vem, os investimentos previstos para a distribuição são de R$ 732 milhões. Braga contou ainda que a Cemig pretende participar dos próximos leilões de energia, mas não revelou o interesse específico em alguma usina. Ele ainda prometeu para junho a IPO da Taesa, uma das empresas de transmissão do grupo, que deve assumir todos os ativos da área, entre os quais as participações da TBE, mas excluindo os diretamente controlados pela Cemig GT.

Copel prevê revisão tarifária entre 0% e -0,5%
A Copel espera que a revisão tarifária fique entre zero e -0,5 por cento ante a proposta que está em audiência pública na Aneel de -0,85 por cento. A base de remuneração considerada na revisão, que hoje está em 1,9 bilhão de reais, deve ficar entre 2,4 bilhões e 2,5 bilhões de reais na decisão final da agência, disse o diretor financeiro da companhia, Ricardo Portugal Alves, em reunião com analistas, nesta quarta-feira. "Estamos muito otimistas... os números estão próximos do que imaginávamos e (a revisão) não vai afetar muito a distribuidora", disse o executivo. Segundo ele, o crescimento do mercado cativo da Copel mantém nesses primeiros meses de 2012 o ritmo observado em 2011 e o aumento desse mercado em 2012 deve ficar entre 4 e 5 por cento, ante expansão de 5,4 por cento verificados no ano passado. A empresa paranaense, que tem cerca de 3,9 milhões de consumidores, ainda tem interesse em expandir esse negócio com a aquisição de pequenas distribuidoras e cooperativas rurais na sua área de atuação. Entre essas distribuidoras no foco da companhia, estão as paranaenses Campo Largo e Coronel Vivida, além da empresa Barra do Jacaré, em São Paulo. O presidente da empresa, Lindolfo Zimmer, reafirmou que tem interesse nas empresas do grupo Rede Energia, Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO) e Enersul (MS).
"Eu gosto dela. Faz divisa com o Paraná. É fácil de criar sinergias", disse o presidente sobre a distribuidora no Mato Grosso do Sul. (Reuters)

Suspensão de CCARs da Bertin: discussão adiada novamente
A Aneel adiou uma reunião extraordinária marcada para esta quarta-feira (11/4) que discutiria uma proposta para suspensão de contratos de venda de energia fechados em leilões promovidos pelo governo. A ideia foi apresentada pelo Grupo Bertin, que possui uma série de térmicas atrasadas, e pela Abradee. As concessionárias de distribuição, que compram a produção das plantas, concordaram com a proposta da Bertin e alegam que estão com sobras contratuais. O mecanismo, porém, não está previsto nas regras do setor elétrico, o que gera polêmica. Outros temas que estavam na pauta do encontro eram a presença da estatal de energia do Amapá, CEA, no leilão de fontes alternativas de 2010. Inadimplente, a companhia atrapalha as tentativas dos investidores de geração de fechar empréstimos junto ao BNDES. Também seria analisado o impacto do atraso da interligação do Amazonas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) pela linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus. Isso porque a Amazonas Energia, da Eletrobras, comprou energia em leilões e agora pode não ter como receber essa produção.Os três temas estavam agendados para a reunião da Aneel de terça, mas foram passados para a reunião extraordinária. Agora, segundo a agência reguladora, uma nova reunião extraordinária será marcada, em data e horário a serem informados posteriormente. 
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CCEE aprimora atendimento a agentes do mercado de energia
A CCEE promete uma "ampla reestruturação tecnológica e operacional" de sua área de atendimento a agentes do mercado. O órgão, que conta com mais de 1,7 mil associados, passou a oferecer no último mês um novo canal de relacionamento, o "atendimento especializado", que promete gerenciar com mais atenção grandes grupos de empresas que "respondem por mais de 75% do volume de energia comercializado no País". A Câmara afirma que investiu na capacitação dos atendentes e criação de especialistas para tratar de regras, procedimentos,medição, registros de contrato e leilões de energia. "A aquisição de uma moderna plataforma tecnológica em substituição à atual possibilita também maior agilidade, além de oferecer recursos de gestão de indicadores de desempenho, resultando em aumento de produtividade e redução dos prazos de atendimento", explica o órgão. O órgão diz que esse atendimento diferenciado "está inserido na nova estrutura de gestão implantada pela CCEE no início do ano", que tem como objetivo "simplificar os processos de negócios, para torná-los ainda mais ágeis e seguros, e a permitir uma atuação mais estratégica frente aos desafios do setor de energia no Brasil".

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