Rio de Janeiro - A crise financeira que afetou a economia mundial no ano passado, foi responsável pela queda de 3,4% da demanda nacional de energia no país, em relação a 2008. O dado consta do Balanço Energético Nacional (BEN), estudo que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quinta-feira (29). As fontes renováveis de energia responderam por 47,3% da matriz energética brasileira no ano passado, o maior percentual desde 1992, quando o uso da lenha e do carvão vegetal ainda eram mais intensos no Brasil.
Na avaliação da EPE, a situação hidrológica favorável (muita chuva para alimentar os reservatórios das usinas hidrelétricas) vivida pelo país ao longo de praticamente todo o ano passado foi um dos principais fatores que levaram ao crescimento da participação das fontes renováveis na matriz. Por isso, o destaque foi exatamente a energia hidráulica, que fez com que as usinas térmicas movidas a carvão, óleo combustível e gás natural funcionassem bem menos do que em 2008.
A maior oferta de energia por fontes renováveis e a redução da atividade econômica decorrente da crise financeira fizeram com que o país, no ano passado, mantivesse uma tendência que vem se delineando ao longo desta década: de queda nas emissões de gás carbônico (CO2). Segundo o estudo da EPE, o indicador que mede a relação entre emissões de CO2 e energia consumida foi, em 2009, de 1,43 tonelada de CO2 por tonelada de petróleo equivalente (tep). Em 2008, essa relação foi de 1,48 tonelada de CO2/tep. A geração de energia atingiu, no ano passado, 243,9 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), índice no qual se convertem as unidades de medida das diferentes formas de energia pelo seu correspondente em hidrocarbonetos.
O BEN também captou uma retração ainda maior da energia proveniente do carvão mineral, um dos principais insumos da indústria siderúrgica, que chegou a cair 19,4% de 2008 para 2009. A siderurgia foi um dos setores mais fortemente afetados pela crise econômica.
Mesmo com a energia de fontes renováveis (produtos da cana-de-açúcar, hidreletricidade e biomassa, entre outras) respondendo por mais de 47% da energia demandada, o segmento de petróleo e derivados, isoladamente, foi o que mais gerou energia no ano passado: 37,8% da matriz.
Com participação cada vez maior, a cana-de-açúcar respondeu por 18,1% da geração energética brasileira, seguido da energia hidráulica, com 15,3%. Também é expressiva a participação da biomassa, que já responde por 13,9%, à frente do gás natural (8,7%), do carvão mineral e derivados (4,8%) e do urânio (1,4%).
Os dados preliminares do balanço indicam que, apesar da retração econômica, a demanda total por energia elétrica cresceu 0,6% em 2009, atingindo 509,5 terawatss/hora (TWh). Um dos destaques, segundo a EPE, foi a forte redução de 30,6% na demanda por eletricidade de origem não renovável. Nas usinas térmicas movidas a gás natural, a demanda praticamente caiu pela metade (queda de 53,7%). Para as usinas alimentadas por derivados de petróleo, a redução foi de 17,1%.
Essa queda, avalia a EPE, foi uma das consequências da boa oferta da eletricidade de origem hidráulica, que chegou a 433,1 Twh. Mesmo assim, o número é 4,8% menor do que o registrado em 2008. “A participação das fontes renováveis na produção de energia elétrica no Brasil superou os 90%, sendo 85% de origem hidráulica em razão do clima favorável”, afirma o documento da EPE.
Os levantamento também confirma a consolidação da autossuficiência brasileira em petróleo. Pelo quarto ano consecutivo, o balanço físico da “conta petróleo” (em quantidade) foi positivo. As exportações cresceram 21,3%, em relação a 2008, ultrapassando os 500 mil barris/dia. Ainda em 2009, as importações caíram 1,6%. Com isso, o saldo líquido das exportações de petróleo e derivados ficou, na média, em 151 mil barris/dia.
O estudo ressalta ainda o aumento “expressivo” da produção de petróleo de derivados, que cresceu 7,3% entre 2008 e 2009, deixando o Brasil entre os 15 maiores produtores mundiais, com uma média diária de cerca de 2 milhões de barris. A demanda interna atual nas refinarias é de 1,8 milhão de barris por dia. (Agência Brasil)
Na avaliação da EPE, a situação hidrológica favorável (muita chuva para alimentar os reservatórios das usinas hidrelétricas) vivida pelo país ao longo de praticamente todo o ano passado foi um dos principais fatores que levaram ao crescimento da participação das fontes renováveis na matriz. Por isso, o destaque foi exatamente a energia hidráulica, que fez com que as usinas térmicas movidas a carvão, óleo combustível e gás natural funcionassem bem menos do que em 2008.
A maior oferta de energia por fontes renováveis e a redução da atividade econômica decorrente da crise financeira fizeram com que o país, no ano passado, mantivesse uma tendência que vem se delineando ao longo desta década: de queda nas emissões de gás carbônico (CO2). Segundo o estudo da EPE, o indicador que mede a relação entre emissões de CO2 e energia consumida foi, em 2009, de 1,43 tonelada de CO2 por tonelada de petróleo equivalente (tep). Em 2008, essa relação foi de 1,48 tonelada de CO2/tep. A geração de energia atingiu, no ano passado, 243,9 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), índice no qual se convertem as unidades de medida das diferentes formas de energia pelo seu correspondente em hidrocarbonetos.
O BEN também captou uma retração ainda maior da energia proveniente do carvão mineral, um dos principais insumos da indústria siderúrgica, que chegou a cair 19,4% de 2008 para 2009. A siderurgia foi um dos setores mais fortemente afetados pela crise econômica.
Mesmo com a energia de fontes renováveis (produtos da cana-de-açúcar, hidreletricidade e biomassa, entre outras) respondendo por mais de 47% da energia demandada, o segmento de petróleo e derivados, isoladamente, foi o que mais gerou energia no ano passado: 37,8% da matriz.
Com participação cada vez maior, a cana-de-açúcar respondeu por 18,1% da geração energética brasileira, seguido da energia hidráulica, com 15,3%. Também é expressiva a participação da biomassa, que já responde por 13,9%, à frente do gás natural (8,7%), do carvão mineral e derivados (4,8%) e do urânio (1,4%).
Os dados preliminares do balanço indicam que, apesar da retração econômica, a demanda total por energia elétrica cresceu 0,6% em 2009, atingindo 509,5 terawatss/hora (TWh). Um dos destaques, segundo a EPE, foi a forte redução de 30,6% na demanda por eletricidade de origem não renovável. Nas usinas térmicas movidas a gás natural, a demanda praticamente caiu pela metade (queda de 53,7%). Para as usinas alimentadas por derivados de petróleo, a redução foi de 17,1%.
Essa queda, avalia a EPE, foi uma das consequências da boa oferta da eletricidade de origem hidráulica, que chegou a 433,1 Twh. Mesmo assim, o número é 4,8% menor do que o registrado em 2008. “A participação das fontes renováveis na produção de energia elétrica no Brasil superou os 90%, sendo 85% de origem hidráulica em razão do clima favorável”, afirma o documento da EPE.
Os levantamento também confirma a consolidação da autossuficiência brasileira em petróleo. Pelo quarto ano consecutivo, o balanço físico da “conta petróleo” (em quantidade) foi positivo. As exportações cresceram 21,3%, em relação a 2008, ultrapassando os 500 mil barris/dia. Ainda em 2009, as importações caíram 1,6%. Com isso, o saldo líquido das exportações de petróleo e derivados ficou, na média, em 151 mil barris/dia.
O estudo ressalta ainda o aumento “expressivo” da produção de petróleo de derivados, que cresceu 7,3% entre 2008 e 2009, deixando o Brasil entre os 15 maiores produtores mundiais, com uma média diária de cerca de 2 milhões de barris. A demanda interna atual nas refinarias é de 1,8 milhão de barris por dia. (Agência Brasil)