Um relatório elaborado pelo Fórum Econômico Mundial aponta para a necessidade de investimentos de US$ 38 trilhões em infraestrutura energética até 2035 para sustentar o crescimento do consumo em até 40%. O documento chamado Nova Arquitetura Energética: Viabilizando uma Transição Efetiva, avaliou os sistemas de energia de 124 países e fez um estudo de caso do Japão e da Índia.
Segundo o relatório, os sistemas de energia desses 124 países não estão preparados para uma transição para uma arquitetura de energia sustentável e segura, necessária para sustentar o crescimento econômico. Atualmente, a forma como a energia é produzida, consumida e distribuída está passando por mudanças fundamentais.
O documento, produzido em colaboração com a Accenture, aponta ainda que os países que precisam se adequar a nova arquitetura energética terão que lidar com escolhas difíceis, que vão desde o desligamento nuclear na Alemanha, após o desastra de Fukushima, no Japão, até a remoção, na Nigéria, de subsídios no setor de energia. Outro ponto levantado no relatório é de que muitos países em desenvolvimento estão se concentrando no crescimento econômico sem levar em consideração o meio ambiente. Além disso, muitas nações ainda lutam para fornecer a toda a população os serviços básicos de energia. Estima-se que 1,3 bilhão de pessoas no mundo ainda não tenham acesso a eletricidade.
"Nunca antes tivemos tanta pressão para mudar a forma como produzimos e consumimos a energia", afirmou Roberto Bocca, diretor Sênior e Chefe de Indústrias da Energia do Fórum Econômico Mundial. "Os tomadores de decisão devem entender como eles estão sendo impactados pela dinâmica de mudança e como eles podem efetivamente criar a mudança desejada, principalmente porque as escolhas que fizerem vão determinar a velocidade, a direção e o custo da transição", afirmou o diretor.
O relatório apresenta uma metodologia desenvolvida para auxiliar os tomadores de decisão na condução de uma transição eficaz. Embora não exista uma fórmula que solucione os problemas de todos os países, o relatório destaca algumas ações que podem ser desenvolvidas por todos os países, como racionalizar e reorganizar os sistemas de energia maduros; capitalizar com as reservas de hidrocarbonetos; e expandir o fornecimento de energia para apoiar o crescimento econômico e o acesso aos serviços básicos de eletricidade a preços acessíveis. Para ler o relatório completo, em inglês, clique aqui. (Canal Energia)
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