CPFL Energia deve investir R$8,3 bi de 2012 a 2016
A CPFL Energia pretende investir 8,3 bilhões de reais entre 2012 e 2016, informou o vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Lourival Luz. Em 2012, os investimentos deverão ser da ordem de 2,94 bilhões de reais. O segmento de distribuição de energia será responsável pelo investimento de 4,983 bilhões no período, numa média de 1 bilhão de reais por ano, segundo Luz. "Parte dos recursos é para um projeto grande de modernização da rede", disse o executivo em reunião com analistas e investidores nesta quarta-feira. No segmento de geração serão investidos 3,1 bilhões de reais no mesmo intervalo, com grande parte dos recursos aplicados neste e no próximo ano. Já o segmento de comercialização e serviços receberá 230 milhões de reais entre 2012 e 2016. O executivo acrescentou que em 2012 entrarão em operação comercial 283 megawatts (MW). Outros 348 MW entram em 2013 e 254 MW em 2014. Em 2012, duas usinas à biomassa estão previstas para iniciar atividades no segundo semestre, somando 95 MW, e um parque eólico de 188 MW entrará no terceiro trimestre. Cinco usinas começam a operar em 2013 -uma pequena central hidrelétrica (PCH), duas térmicas à biomassa e duas eólicas. Já em 2014, dois parques eólicos que negociaram energia no mercado livre em contratos de cerca de 20 anos devem entrar em operação. "Temos usinas contratadas tanto no mercado regulado quanto no mercado livre", completou Luz. (Reuters)
Copel pretende captar até r$ 1,5 bilhão em debêntures
A Copel planeja fazer uma emissão de debêntures de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão no segundo semestre deste ano, afirmou a jornalistas o diretor financeiro da empresa, Ricardo Portugal Alves, após participar nesta quarta-feira de reunião com profissionais de mercado da Apimec em São Paulo.e acordo com o executivo, os recursos devem ser utilizados para apoiar o programa de investimento da companhia, que prevê R$ 2,39 bilhões, além de eventuais aquisições. Segundo ele, a Copel ainda não definiu qual será a forma da emissão, mas a tendência é seguir o modelo da Resolução nº 476, que dispensa a elaboração de um prospecto, permitindo que um banco apresente a proposta para um grupo restrito de investidores, o que reduz os custos da captação.
Um sócio de 15 bilhões de reais para a Cemig
O mercado de energia elétrica é um tédio. Não sem razão, as grandes empresas do setor são conhecidas como as mais estáveis — e menos emocionantes — de uma economia. Enquanto a indústria e o varejo precisam rever estratégias, políticas de preço e tudo mais de acordo com cada momento, as companhias de energia vivem numa espécie de bolha. Seus resultados oscilam pouco, tanto em momentos de euforia quanto de turbulência. As pessoas podem até desistir de trocar de carro, mas continuam a acender e apagar a luz em qualquer cenário econômico. Consequentemente, as ações dessas empresas seguem uma marcha constante, meio que alheias ao sobe e desce da bolsa. O desempenho recente da Cemig, estatal mineira de energia, rompe com essa lógica. Em 2011, em meio à crise internacional, o valor de mercado de todas as empresas elétricas subiu — algo natural, uma vez que os investidores procuram exatamente as estáveis companhias elétricas em horas de crise. Mas mesmo em 2012, num momento em que as ações ligadas ao consumo é que estão em alta, a Cemig continua no topo. A valorização no ano foi de 35%. Nos últimos dois anos, desde que a Andrade Gutierrez comprou uma fatia de 33% da empresa, seu valor de mercado saiu de 14 bilhões para 29 bilhões de reais e ultrapassou até mesmo a estatal Eletrobras, avaliada em 25 bilhões de reais. A Cemig, do tedioso setor elétrico, virou uma das estrelas da bolsa. Como isso aconteceu? Dois fatores explicam a euforia sentida pelos investidores após a entrada da Andrade Gutierrez no capital da Cemig. O primeiro é um arrojado plano de expansão que pretende fazer da Cemig a segunda maior empresa de energia do país até 2020, atrás apenas da Petrobras. Para chegar lá, a ordem é comprar qualquer empresa lucrativa que atue no mercado de energia — e não apenas em energia elétrica. “Analisamos qualquer oportunidade em eletricidade, gás e até petróleo”, diz Djalma Morais, presidente da Cemig. Nos últimos 12 meses, a empresa investiu 4 bilhões de reais em aquisições. Comprou 50% da Renova, de energia eólica, investiu na hidrelétrica de Belo Monte, nas distribuidoras Gasmig e Gás Brasiliano e ainda comprou 100% da transmissora espanhola Abengoa. Juntas, as 120 empresas que compõem a Cemig faturaram 23 bilhões de reais em 2011, crescimento de 14% em relação ao ano anterior. (Exame.com)
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