Diante do acionamento das usinas termoelétricas para compensar o aumento do consumo de energia elétrica registrado nos primeiros meses do ano, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) defendeu, terça-feira, que as autoridades do setor elétrico priorizem um programa sustentável de leilões de bioeletricidade como alternativa aos elevados custos da eletricidade produzida a partir dos chamados combustíveis fósseis.
Jardim lembra que embora os reservatórios das hidroelétricas estejam cheios, o governo prefere ativar termoelétricas, que são altamente poluentes e caras. “Isso [o uso de termoelétricas] só se justifica pela falta de capacidade de planejamento do governo no segmento de produção de energia”, critica o deputado, para quem o país não tem conseguido ampliar ou diversificar a matriz energética.
Na avaliação de Jardim, o governo demorou muito a fazer o leilão de energia eólica, realizado o ano passado, e patina quando o assunto é aumentar a oferta de outras fontes renováveis, como é o caso da biomassa – bagaço da cana-de-açúcar e palha arroz, por exemplo. “Falta previsibilidade ao governo para a incorporação definitiva deste tipo de energia a nossa matriz, sustenção de preços mínimos e ainda a definição dos percentuais de conexão para o aumento da oferta de bioeletricidade”, diz o parlamentar.
Com os percalços para o melhor aproveitamento da energia alternativa disponível no Brasil, Arnaldo Jardim, que é membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, diz que a adoção de um programa sustentável de leilões de bioeletricidade é o melhor caminho para aumentar o uso da eletricidade mais limpa e barata. Segundo ele, o setor de bioeletricidade tem capacidade de ofertar 10 mil MW em leilões até 2020, de acordo com dados fornecidos pelo setor. (Site arnaldojardim.com.br)