A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), instituição que congrega e representa o setor no país, participou presencialmente, pela primeira vez, do lançamento do relatório e de uma coletiva de imprensa que contou com a participação dos mais importantes líderes do setor eólico mundial. Representando o Brasil estavam o vice-presidente da ABEEólica, Lauro Fiúza Junior, e o diretor executivo, Pedro Perrelli.
A participação brasileira se explica pela presença robusta no mercado latino-americano. De acordo com o documento, o Brasil domina essa área, e vem se estabelecendo como um grande mercado internacional. Com uma forte base industrial, capaz de abastecer um mercado em franco crescimento no Cone Sul, o país será responsável pelo crescimento regional até 2016.
“O Brasil está entre as quatro nações do mundo que mais cresce no setor eólico, ficando atrás somente de China, Estados Unidos e Índia. Em 2015 seremos o 10° maior produtor de energia eólica do mundo. Atualmente, nossa capacidade instalada é de 1.471 MW e nosso potencial gira em torno de 300 GW. Temos um futuro promissor e ainda há muito espaço para crescimento”, destaca Lauro Fiúza Junior, vice-presidente da ABEEólica.
Em geral, o Conselho Global de Energia Eólica projeta taxas médias anuais de crescimento de mercado de cerca de 8% para os próximos cinco anos, com uma boa perspectiva para 2012 e uma queda substancial em 2013. As instalações totais para o período 2012-2016 devem chegar a 255 GW, com um crescimento cumulativo médio do mercado um pouco abaixo de 16%. "Para os próximos cinco anos, o crescimento anual do mercado será impulsionado principalmente pela Índia e pelo Brasil, com significativas contribuições de novos mercados na América Latina, África e Ásia", afirmou Steve Sawyer, secretário-geral GWEC. “Já para o Brasil, a taxa média de crescimento da energia eólica anual prevista é 40%, entre 2012 e 2016, o que vem corroborar o papel de destaque do País no cenário mundial”, declara Fiúza Junior, vice-presidente da ABEEólica.
Pelo segundo ano consecutivo, a maioria das novas instalações estavam fora da OECD (The Organisation for Economic Co-operation and Development) e essa tendência prosseguirá. A Ásia continuará a ser o maior mercado do mundo com quantidade maior de novas instalações do que qualquer outra região, instalando 118 GW entre agora e 2016, e superando a Europa como o líder mundial em capacidade instalada acumulada em algum momento durante 2013.
Depois de quase uma década de um crescimento de dois e três dígitos, o mercado chinês finalmente se estabilizou, e permanecerá nos níveis atuais pelos próximos anos. Pela primeira vez, em 2011, a Índia alcançou um mercado anual de 3 GW e deverá atingir 5 GW até 2015. Já o futuro do sistema de energia do Japão, com a rejeição quase universal da energia nuclear após a tragédia tripla em 11 de Março 2011, dá esperanças para um novo começo para a indústria eólica no país.
O mercado europeu se mantém estável e, considerando o quadro político e metas da Europa até 2020, é pouco provável que aconteçam grandes surpresas. A Alemanha teve um forte ano em 2011 e a decisão do governo de eliminar progressivamente toda a energia nuclear até 2020 dá à indústria um novo impulso. A Espanha teve um ano decepcionante e, em 2012, é provável que isso se repita. Mas, Romênia, Polônia, Turquia e Suécia continuaram a desempenhar seus papéis dentro do cenário de crescimento.
O GWEC espera que o mercado norte-americano tenha um forte 2012, visto que Canadá e México instalarão mais de 1.000 MW para complementar um ano que começou com mais de 8 GW em construção. Em geral, pouco mais de 50 GW está previsto para ser instalado na América do Norte entre 2012 e 2016, elevando a capacidade instalada total para pouco mais de 100 GW no final do período. (Tn Petróleo)
Leia também: