As projeções para novembro pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCE) indicam aumento do consumo da energia, devido às altas temperaturas esperadas, e a perspectiva é que a geração das usinas hidrelétricas se eleve para atender a essa demanda adicional. Com isso, é esperada uma redução no déficit de geração das hidrelétricas em relação a suas garantias físicas.
Com o início do período chuvoso, a partir da segunda quinzena do mês, são esperadas afluências mais próximas da Média de Longo Termo (MLT) principalmente no Sudeste e no Norte, enquanto o Nordeste também deve ter elevação, embora as afluências ainda devam ficar abaixo da MLT.
“A energia alocada no Mecanismo de Realocação de Energia – MRE deverá ficar em torno de 98,7% da garantia física, o que representa alta de quase 10 pontos percentuais em relação a outubro (88,1/%)”, analisa Rodrigo Sacchi, gerente de Preços da CCEE.
Com isso, o impacto financeiro para os agentes devido à geração abaixo da garantia física pelas usinas do MRE em novembro é estimado em R$ 362 milhões, contra R$ 3,1 bilhões em outubro. Cabe ressaltar que o impacto depende da posição contratual dos agentes, podendo resultar em pagamento adicional para aqueles expostos negativamente ou em menor receita para os expostos positivamente.
A análise feita pela CCEE sobre a formação do PLD revela que em outubro a piora na conjuntura hidrológica foi o fator preponderante para alta ocorrida nos preços, principalmente, a partir da segunda semana. No início do mês, em virtude das perspectivas de melhora das afluências, o PLD foi calculado em 671,78/MWh, valor 10% inferior ao que havia sido registrado na última semana de setembro.
Ao longo do mês de outubro, porém, as projeções da Energia Natural Afluente (ENAs) foram revisadas para baixo em todos os submercados, impactando no aumento gradual do PLD: de R$ 697/MWh na segunda semana para R$ 808,92/MWh na terceira; na quarta semana o PLD atingiu o teto regulatório, de R$ 822,33/MWh, no patamar de carga pesado, enquanto na quinta semana o teto foi atingido em todos os submercados e patamares de carga. (Jornal da Energia)
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