A proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de reduzir o preço-teto da energia no mercado de curto prazo em 52,8%, já a partir de janeiro, deve reduzir os ganhos das geradoras que têm o insumo para vender e estão sem contratos de longo prazo. Estariam nesse grupo Copel, Cesp e Cemig, que não aderiram à renovação dos contratos feita pelo governo em 2012, e a Petrobras, que possui boa parte das usinas térmicas do país.
Segundo análise do BTG Pactual, Cesp e Cemig perdem com a proposta, pois receberão menos pela energia vendida pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que deve cair de R$ 822,83 por megawatt/hora para R$ 388,04 em 2015.
Conforme o Tribunal de Contas da União (TCU), Cesp, Cemig e Copel ganharam R$ 5,7 bilhões de janeiro de 2013 a maio de 2014, ao vender energia no mercado de curto prazo.
Conforme o Tribunal de Contas da União (TCU), Cesp, Cemig e Copel ganharam R$ 5,7 bilhões de janeiro de 2013 a maio de 2014, ao vender energia no mercado de curto prazo.
Empresas nessa situação se articulam para eventuais ações na Justiça, caso a ideia da Aneel seja adotada. A proposta é objeto de audiência pública de hoje a 10 de novembro.
‘DANÇA SOBRE QUEM PAGA CONTA’ - A Petrobras, que vende energia elétrica a partir de suas térmicas, indicou ser favorável a um teto maior. A estatal afirmou que o modelo sugerido pela Aneel anteontem não é adequado, por ter caráter subjetivo para definição da usina térmica de referência para o cálculo do preço-teto.
‘DANÇA SOBRE QUEM PAGA CONTA’ - A Petrobras, que vende energia elétrica a partir de suas térmicas, indicou ser favorável a um teto maior. A estatal afirmou que o modelo sugerido pela Aneel anteontem não é adequado, por ter caráter subjetivo para definição da usina térmica de referência para o cálculo do preço-teto.
A Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica (Abracel), que negocia contratos no mercado de curto prazo, também é contra. – O que vai haver é uma dança do dinheiro entre os agentes sobre quem paga a conta – disse Maurício Corrêa, diretor de Relações Institucionais. A associação de grandes consumidores de energia, a Abrace, em reunião de diretoria, sinalizou ser favorável à medida. (O Globo)
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