Os reservatórios nacionais estão com volume 26,1% menor do que no mesmo período do ano passado. As situações mais críticas ocorrem no Sudeste e no Nordeste. De acordo com dados do ONS (Operador Nacional do Sistema, que administra o setor elétrico) de 15 de agosto, o volume útil dos reservatórios que compõem o Sistema Nacional Interligado está em 46,9%. Na mesma data de 2013, o volume era de 63,5%.
Esse sistema é composto por reservatórios federais que produzem energia elétrica.
Várias dessas reservas também são importantes fontes de abastecimento, o que gera disputas pela água em todo o país, seja para consumo humano seja para produção de energiaelétrica.
Um exemplo é o do reservatório Três Marias (MG), na bacia do São Francisco, hoje com 8,46% de seu volume --há um ano, era 40,24%.
Para reter mais água na represa, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) passou a diminuir sua vazão sobre o rio São Francisco, afetando o abastecimento de Pirapora (MG). O município, de 17,8 mil habitantes, foi à Justiça para barrar as reduções.
Pessimismo - De acordo com a Somar Meteorologia, as chuvas do próximo ano não serão suficientes para recuperar os reservatórios no Sudeste.
"Para haver recuperação, teria de chover seis meses seguidos acima da média. E não é isso que vai acontecer", afirma uma meteorologista do instituto, Olívia Nunes.
Já a região Nordeste vem de uma estiagem ainda mais longa que o Sudeste. "Nos últimos dois anos foi a pior seca dos últimos 50 anos", diz a engenheira Suzana Montenegro, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). (Folha de SP)
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