sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Empresas de energia poderão ter dívida maior

Para tentar sanear as empresas estaduais de energia elétrica, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu ampliar o limite de endividamento delas com o setor financeiro. O teto da soma dos empréstimos para o setor aumentou de R$ 800 milhões para R$ 1,9 bilhão. 0 objetivo da medida e melhorar a situação financeira das empresas estatais, que hoje estão incapacitadas de fazer novos investimentos. Essa mudança deve beneficiar principalmente a Celg.

A Eletrobras acaba de assumir o controle da empresa de Goiás, que tem uma necessidade de investimentos de R$ 300 milhões ao ano. Foi apenas mais uma companhia estadual que ficou sob o guarda-chuva da estatal federal que, nos últimos anos, precisou promover o saneamento de diversas empresas, como as estatais de Roraima, Alagoas, Piauí, Rondônia, Acre Amazonas.

Recentemente, a Eletrobras chegou a contratar um estudo para tentar achar uma saída econômica para levantar as finanças dessas empresas. Ate chegou a considerar a hipótese de vendê-las para a inciativa privada. No entanto, o governo voltou atrás para evitar críticas sobre privatizações perto das eleições.

O CMN argumentou que as empresas precisam ser modernizadas e ter um aumento da infraestrutura com saneamento econômico e financeiro. lsso para viabilizar a ampliação da capacidade de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no país.

“Diante do volume de investimentos demandados pelo setor de energia, ha necessidade de instrumentos que permitam a reestrutura9ao de dívidas de empresas estatais de energia elétrica”, afirmou o Tesouro Nacional em nota.

No mês passado, o CMN também aumentou o limite de endividamento para as empresas publicas de gera9ao e distribuição de energia em R$ 300 milhões, para que sejam feitos novas investimentos. A lei brasileira previa um teto de R$ 2,231 bilhões de empréstimos feitos no sistema financeiro nacional. Esse valor já tinha sido todo tomado pelas empresas.

Na reunião, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, aprovaram o balanço do BC. No primeiro semestre, a autarquia lucrou R$ 5,3 bilhões, que serão repassados ao Tesouro em ate dez dias.

Foi o menor valor para o período desde 2009, porque o BC gastou mais com os altos depósitos compulsórios – parte do dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central – e com operações no mercado financeiro. A alta dos juros influenciou diretamente nesse resultado. (O Globo)
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