sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Lobão critica “pregadores da desgraça”

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, criticou na quarta-feira (27) analistas do setor, que chamou de “pregadores da desgraça”, por preverem problemas no abastecimento de energia. Lobão participou da solenidade de posse do novo diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tiago de Barros Correia, e da recondução do diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, e do diretor André Pepitone.

“Dizem que não tivemos a coragem de determinar um racionamento por questões políticas e eleitorais, mas tivemos coragem sim, de não determinar, porque não é necessário”, enfatizou.

O ministro voltou a dizer que embora o país esteja enfrentando a pior crise hidrológica dos últimos 80 anos, não se cogita a hipótese de racionamento de energia. “Não houve, e com a graça de Deus não haverá nunca mais racionamento neste país”, declarou.

Lobão ainda comentou sobre os reajustes nas tarifas de energia aprovados pela Aneel nas últimas semanas, que chegaram a passar de 30% em alguns casos. Um dos principais fatores para isso foi a compra de energia mais cara, por causa da falta de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Segundo ele, os reajustes são feitos em respeito aos contratos e para preservar a sustentabilidade do sistema elétrico do país. “Não fosse assim, entraria em crise um elo importante do nosso sistema”, disse o ministro.

E, com a entrada de energia barata das concessões que vencerão a partir do ano que vem, o impacto do empréstimo feito às distribuidoras de energia, no valor de R$ 17,7 bilhões, será “infinitamente menor” do que o previsto. De acordo com as contas do governo, o impacto nas contas de luz será de 2,6% em 2015, chegando a 5,6% em 2016 e a 1,4% em 2017. (Jornal da Enegia, com informações da Agência Brasil)
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