Em busca de maior precisão no cálculo das perdas das distribuidoras, a Agência Nacional de Energia Elétrica propõe que elas sejam apuradas a partir de estudos de fluxo de carga nas redes de média e baixa tensão e nos ramais de ligação. Na alta tensão, a Aneel sugere manter o critério atual de apuração, por meio do sistema de medição.
A proposta de aperfeiçoamento da metodologia do cálculo de perdas técnicas e comerciais entrará em audiência pública documental na quinta-feira, 19 de junho, e permanecerá aberta a contribuições até 31 de julho. As alterações serão aplicadas na próxima revisão tarifária das empresas prevista a partir de 2015. Os dados para definição da trajetória de perdas no processo tarifário eram enviados à agência somente no momento da revisão. Agora, pela proposta da Aneel, esse tipo de informação será extraída da base de dados geográfica que as distribuidoras fornecem anualmente ao órgão regulador.
A Aneel já havia discutido conceitualmente a questão com representantes de empresas, de consumidores de energia e do mercado financeiro, durante consulta pública aberta em outubro do ano passado. Na ocasião, a ideia era simplificar ainda mais o modelo de cálculo atual, mas as sugestões feitas pelos participantes desses encontros eram de que a regra adotasse métodos mais precisos.
Pela norma atual, as perdas técnicas seguem limites regulatórios; enquanto as não técnicas ou comerciais são resultado da diferença entre as perdas totais do sistema (energia injetada menos energia consumida) e as perdas técnicas. A Aneel pretende discutir nesse momento a metodologia e, em outra fase da audiência, a aplicação da fórmula da cálculo, prazos e tratamento de inconsistências nos dados, além de critérios regulatórios de eficiência. A análise de impacto regulatório só deverá ser feita nesta segunda etapa. (Agência Canal Energia)
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