segunda-feira, 9 de junho de 2014

Governo prevê contratar térmicas a gás no leilão de 12 de setembro

O governo deposita no próximo leilão, que será realizado no 12 de setembro, a esperança de que novas térmicas sejam construídas no país. Devido à falta de combustível, que é fornecido pela Petrobras, as usinas a gás ficaram de fora dos últimos certames. Os preços também não viabilizaram térmicas a carvão e poucas usinas a biomassa saíram do papel.

No entanto, o volume recorde de projetos inscritos para o leilão de setembro, do qual participarão usinas que ficarão prontas em cinco anos (A-5), surpreendeu os mais otimistas. As empresas inscreveram 36 térmicas a gás, que totalizam 20 mil MW de potência. Desta vez, o governo incluiu o uso de GNL importado, além ter elevado o custo (CVU) das usinas. A utilização de GNL "movimentou" o mercado, disse Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética. Segundo o governo, "mais de uma empresa" planeja ter terminais de regaseificação.

Ainda assim, o número de usinas que devem ter o combustível, o que é exigido pela EPE para participar do leilão, costuma ser sempre bem menor que o total inscrito.

No leilão de sexta-feira, de projetos que ficam prontos em 2017 (A-3), só foram vendidos contratos de usinas eólicas e da hidrelétrica de Santo Antônio, no Madeira, que vai expandir sua capacidade em 410 MW. Mesmo as eólicas negociaram só 551 MW, para um total habilitado de 6,2 mil MW. As 21 eólicas venderam energia por R$ 130 por MWh em média (deságio de 2%), enquanto a energia de Santo Antonio foi vendida pelo preço-teto, de R$ 121 por MWh. (Valor Econômico)
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