As principais autoridades do setor elétrico se reúnem nesta terça-feira, em Brasília, para definir o preço-teto do leilão de energia já existente que ocorrerá no dia 30 de abril. Esse leilão deverá oferecer contratos de longo prazo às distribuidora, reduzindo a necessidade de elas adquirirem energia no curto prazo. Quanto maior o preço-teto, maior a tendência de o governo conseguir preencher a necessidade de mais de 3 mil megawatts que as distribuidoras têm de contratar, mas maior o impacto imediato de aumento nas tarifas de energia.
No leilão de dezembro, que tinha a mesma finalidade de suprir a demanda das distribuidoras por energia em 2014, o preço-teto foi de R$ 175 megawatt/hora. Na avaliação do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), existe lógica para que o preço do leilão deste mês tenha um preço limite maior, até porque o valor daenergia no mercado de curto prazo desde dezembro disparou.
— Parece fazer sentido que (os geradores de energia) busquem preço mais alto do que esse — disse Rufino, na sexta-feira, lembrando que a responsabilidade pela definição desse valor é do ministério de Minas e Energia.
No mês passado, o governo tinha uma estimativa de preço médio da energia elétrica no mercado de curto prazo era de R$ 475 por megawatt/hora. Esse valor vem subindo nas últimas semanas, com a percepção de que as chuvas do verão não têm sido suficientes para preencher os reservatórios das hidrelétricas.
Entre os agentes do mercado, há uma expectativa de que a Petrobras ofereça boa parte dos contratos no leilão do dia 30, com energia gerada por suas termelétricas que tem sido vendida no mercado de curto prazo.
Também nesta semana, a Aneel apresentará o resultado da audiência pública sobre a contratação do empréstimo pelo setor elétrico junto a bancos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O empréstimo está previsto em R$ 11,2 bilhões.Dependendo do resultado do leilão do dia 30, esse volume de contratação do empréstimo pela CCEE também poderá mudar, de acordo com o diretor da Aneel.(O Globo)
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