quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Distribuidoras de energia ainda não sabem como governo pagará por custo das usinas térmicas

As distribuidoras de energia elétrica ainda não sabem como seus custos extraordinários derivados do baixo nível das hidrelétricas será coberto pelo governo em 2014. No ano passado, esses custos, somados ao impacto da redução das tarifas do setor, foram cobertos pelo Tesouro Nacional em mais de R$ 20 bilhões. Não está claro para elas, ainda, se neste ano o governo continuará a fazer aportes na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o encargo do setor que custeou essa quantia.

Nesta terça-feira, representantes de todas as distribuidoras filiadas à Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) estiveram com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tratando do tema. Segundo Nelson Fonseca Leite, presidente da entidade, o governo apresentou diversas alternativas para evitar um prejuízo das empresas do setor, mas não apontou uma solução definitiva.

- (A prorrogação dos aportes na CDE) é uma das alternativas possíveis, mas ainda não está batido o martelo. As medidas adotadas em 2013 evitou um custo extra para as distribuidoras da mesma ordem do Ebitda (geração de caixa) do setor. Se aquelas medidas não tivessem sido tomadas em março de 2013, teríamos uma inadimplência generalizada e um comprometimento do investimento do setor - disse Leite.

Ele lembrou que ainda há um restante de período de chuvas pela frente, que permite que a decisão continue a ser discutida e tomada mais à frente pelo governo. Leite, disse ainda, após a reunião, entender haver "boa vontade" do governo em busca soluções para a situação que equilibrem interesses de distribuidoras, governo e consumidores. (O Globo)
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