O Ministério de Minas e Energia e o governo de São Paulo vão tentar superar as divergências em relação à indenização a ser paga à Cesp pelos ativos da usina hidrelétrica Três Irmãos, no rio Tietê. Um grupo de trabalho formado por representantes de São Paulo, do MME, da Empresa de Pesquisa Energética e da Agência Nacional de Energia Elétrica vai se reunir pela primeira vez na próxima quinta-feira, 14 de novembro, na tentativa de se chegar a um consenso.
Em encontro nesta terça-feira, 12, com o ministro Edison Lobão, o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, insistiu na posição de que é necessário rever os cálculos apresentados pelo governo, que definiu em R$ 1,7 bilhão o valor a ser pago pelos bens da usina. Anibal afirma que o valor atualizado é de R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 500 milhões corrrespondem à indenização pelas eclusas e pelo canal de navegação Pereira Barreto. O que dá, portanto, uma diferença de R$ 2,1 bilhões em relação às estimativas da EPE.
"Apresentamos nossos números, que são substancialmente distintos dos da EPE", relatou o secretário na saída do ministério. "São diferenças fortíssimas em relação a terrenos, remanejamento de famílias, canteiros de obras. Questões que terão de ser confrontadas em caráter mais técnico", detalhou.
Com a concessão vencida desde 2011, a hidrelétrica terá seu contrato relicitado em janeiro de 2014. Uma das divergências em relação ao processo é a exclusão pelo governo federal das instalações de navegação. Para o governo paulista, essas instalações não podem ser retiradas do leilão e do cálculo da indenização, pois fazem parte do contrato de outorga da usina. (Canal Energia)
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