quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Cesp espera decisão sobre Três Irmão até final de dezembro

A Cesp diz que espera pela definição do valor da indenização da UHE Três Irmãos (SP-807,5 MW) até o final deste ano. Esse prazo foi estabelecido pelo secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal. A meta da empresa ainda é a de convencer o governo federal de que o valor justo pelo ativo que venceu em 2011 é de R$ 3,8 bilhões, enquanto o poder concedente oferece cerca de 50% desse valor.

De acordo com o presidente da Cesp, Mauro Arce, as negociações continuam em torno deste tema. Ele afirmou que a companhia tem apresentado os dados da empresa para o cálculo em reuniões periódicas com o MME.

Enquanto o valor não é conhecido a empresa adia os planos para o futuro. Mesmo se as negociações não forem favoráveis à Cesp, a companhia terá um reforço de caixa que se aproxima de sua dívida líquida de R$ 1,841 bilhão ao final de setembro de 2013. Questionado sobre o destino desses recursos, Arce afirmou que a decisão não está tomada, seja ela o pagamento dessa dívida ou o investimento em novos negócios de geração pelo Estado de São Paulo.

"Esse [novos investimentos] é um assunto que deve ser discutido pelo acionista controlador [governo estadual]. Estamos preparando a empresa para ser saudável mesmo com o encerramento das concessões de Jupiá e Ilha Solteira em 2015. Agora, cabe ao governo estadual decidir o que pretende fazer, não existe uma decisão a respeito", afirmou Almir Martins, diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

A Cesp não realizará nem a manutenção nos equipamentos que tiveram problema em Três Irmãos, justamente por ser apenas a operadora da usina. Além disso, Arce lembrou que a central possui energia assegurada de 217 MW médios e que apenas duas turbinas são suficientes para essa geração. Além disso, disse acreditar que o governo poderá aguardar a relicitação da usina para determinar ao novo operador a execução dessa manutenção.

Essa tarefa, poderá ser feita até mesmo pela própria Cesp, uma vez que Arce voltou a dizer que a companhia poderá considerar a sua participação no leilão que poderá ocorrer no início do ano que vem, dependendo da proposta que será feita. (Canal Energia)
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