Nesta quinta-feira (24/10), o Ministério de Minas e Energia (MME) disponibilizou para consulta pública a íntegra do Plano Decenal de Energia (PDE 2022). O documento, que atualiza as projeções energéticas para o horizonte de dez anos, estima que o setor elétrico exigirá investimentos da ordem de R$260 bilhões, sendo R$200 bilhões para geração e R$60 bilhões em transmissão.
As previsões apontam que a carga passará de 63.688 MW médios em 2013, para 91.003 MW médios em 2022. A capacidade de geração hidráulica, considerando a estimativa de contratação da UHE Itaipu, aumentará de 85 GW para 119 GW, aproximadamente, de 2013 até 2022.
A expansão termelétrica é considerada entre os anos de 2018 e 2021 totalizando 1,5 mil MW. Porém, o desenvolvimento desta fonte está atrelado à disponibilidade de combustível e competitividade dos projetos nos futuros leilões para compra de energia nova.
No que se refere à geração termonuclear, a expansão no período decenal se dará pela implantação da usina de Angra 3. Esta usina, com capacidade instalada de 1.405 MW está prevista para entrar em operação em junho de 2018, aumentando o parque nuclear atualmente existente em 70%, de 2.007 MW para 3.412 MW.
Em relação às outras fontes renováveis de geração (eólicas, PCH e termelétricas a biomassa), nota-se uma expansão média anual de 10%, com destaque para as usinas eólicas: 12.140MW é a expansão planejada, mas 10.675MW já estão contratados.
Não há previsão de contratação de energia solar devido ao alto custo de produção da fonte. “Porém, esses custos apresentam tendência de queda, principalmente na geração fotovoltaica, podendo tornar a fonte competitiva ainda no horizonte de planejamento deste estudo”, explica o MME.
Resumo da expansão por tipo de fonte
Observa-se que a expansão de outras fontes renováveis de energia – biomassa, PCH e eólica – faz a sua participação no parque de geração do SIN passar de 18%, no início de 2017, para 21%, em dezembro de 2022, distribuídos basicamente entre as regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Sul.
Em contrapartida, as usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis perdem participação perante às demais fontes, caindo de 14% para 12%, no ano final, enquanto as usinas nucleares mantêm sua proporção, variando de 1,5% para 2% do parque instalado devido à entrada de Angra 3.
Com relação à participação de hidrelétricas de grande porte, houve uma redução de 2% no período, em relação ao montante total de oferta de geração, apesar do aumento significativo da capacidade instalada de, aproximadamente, 20,6 GW.
O relatório está disponível para consulta pública até o próximo dia 10 de novembro pelo e-mail pde2022@mme.gov.br ou pelo endereço PDE 2022 Consulta Pública - SPE/MME - Esplanada dos Ministérios, Bloco "U", 5o andar, CEP 70065-900, Brasília-DF. Confira a íntegra do documento. (Jornal da Energia)
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