quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Estratégia contra blecaute reúne o setor


O segmento de distribuição de energia elétrica está participando de um esforço conjunto para evitar que fenômenos climáticos cada vez mais intensos e freqüentes prejudiquem consumidores de eletricidade. Projeto estratégico da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o tema reúne empresas e academia para apresentar soluções ao problema. 

O trabalho tem três focos principais: o desenvolvimento de ferramentas para melhorar a previsão de eventos climáticos extremos; de um plano de contingência e de padrões diante de ocorrência; e a análise das questões regulatórias. O plano deve estar concluído em dois anos. “As distribuidoras têm condições adequadas para tratar da manutenção dos seus ativos. 

Mas temos um padrão de rede desenhado há 50,60 anos. Hoje, estamos desenvolvendo pesquisa para avaliar qual seria o padrão de rede mais adequado para as mudanças climáticas, porque temos fenômenos cada vez mais intensos e frequentes”, diz o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite. O objetivo do trabalho que está sendo desenvolvido por distribuidoras e especialistas, e liderado pela Aneel, é evitar interrupções no fornecimento. 

Mas, em sua opinião, “é complicado” evitar a total extinção de blecautes. Ele afirma que o “sistema elétrico é automaticamente desligado para evitar um problema maior, inclusive de segurança. Por isso, dizemos que cada indústria tem que ter sua proteção para evitar as consequências e interrupções de energia. 

Em um sistema elétrico extenso como o nosso, as ocorrências são inerentes”. A proposta é contestada por Camila Schoti, coordenadora de Energia Elétrica da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).“A instalação de um sistema de segurança ou geração elétrica própria significa um custo adicional para a indústria.Algumas empresas têm. Mas não é possível empurrar essa responsabilidade para o setor industrial”, rebate. (Brasil Econômico)
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