A Vestas Wind Systems A/S e a Suzlon Energy Ltd., as duas maiores fornecedoras de turbinas eólicas, segundo as vendas, estão perdendo participação no setor no Brasil porque não utilizam suficientes peças fabricadas aqui. Nenhuma das companhias conseguiu novos acordos no Brasil em mais de 18 meses, porque o BNDES restringiu seu acesso à dívida com garantias estatais, o que ajudou a impulsionar o boom de instalações.
O BNDES endureceu as regras em janeiro e novamente em julho. Pelo menos 70% das placas metálicas e todo o cimento utilizado nas torres devem ser agora fabricados no Brasil.Pelo menos um dos quatro principais componentes da instalação deve ser obtido localmente. A introdução de requerimentos de conteúdo nacional pelo Brasil, para incentivar a fabricação local, está transformando a indústria eólica, de US$ 2,75 bilhões.
A participação da Vestas recuou um terço e a Suzlon poderia converter-se no primeiro fornecedor a sair do mercado devido às regras. A situação está criando uma oportunidade para as companhias que cumprem com as exigências, como a Alstom SA e a Acciona SA.
"Quem quer estar no mercado brasileiro, tem que estar certificado pelo BNDES para vender equipamentos com empréstimos do banco", declarou Christiano Forman, gerente de desenvolvimento comercial da Acciona. A companhia espanhola recebeu a aprovação do BNDES em setembro.
O Brasil está promovendo um maior uso de energia eólica, que é mais barata no país do que fontes energéticas convencionais. Espera-se que as usinas eólicas produzam aproximadamente 9% da eletricidade total do país em 2021, frente a 2% no ano passado, conforme o plano de dez anos do Ministério de Minas e Energia publicado em janeiro. As instalações eólicas totais chegaram a 1,08 gigawatts no ano passado, mais do que qualquer outro país na região. (Brasil Econômico)
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