Com uma implementação que ainda caminha a passos curtos, a instalação de sistemas de micro e minigeração começa a ganhar estímulos para se tornar atrativa aos consumidores residenciais e comerciais. Bancos públicos e privados, como o Santander e o Banco do Nordeste (BNB) disponibilizaram linhas de financiamentos para esse público, o que deverá deixar o negócio mais interesse, com análise de crédito mais ágil, e taxas de juros mais atrativas.
A Satrix, empresa que atua na importação de painéis fotovoltaicos e venda de aerogeradores, acaba de fechar uma parceria com o Santander, para que seus clientes, pessoas físicas e jurídicas, obtenham financiamento em até 60 meses nos equipamentos. O financiamento é proporcionado por meio da linha de crédito CDC Eficiência Energética de Equipamentos.
A taxa de juros varia de acordo com o equipamento, mas o banco concede um subsídio especial, com taxas reduzidas, para até 14 painéis fotovoltaicos. Acima dessa quantidade, estão disponíveis outras taxas, que também podem ser consideradas atrativas, e que são reduzidas de acordo com o valor de entrada dado pelo consumidor.
Sobre a atuação, o diretor administrativo da Satrix, Francisco Bastos Neto, afirma que tal envolvimento de um agente financeiro é essencial para alavancar o número de instalações. “Com um investimento de cerca de R$ 20 mil em sistema, um consumidor vai preferir trocar o carro a comprar um sistema fotovoltaico. Mas com a facilidade do financiamento, isso pode mudar. O Santander faz a análise de crédito em duas horas, aproximadamente, e se a pessoa assina o contrato, em 24 horas o crédito já pode ser compensado. É mais desburocratizado”.
Outra linha de financiamento disponibilizada para esses sistemas é a Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE Verde), pelo Banco do Nordeste. A partir do segundo semestre deste ano, o programa foi reeditado e foi tirada a exigência de índice de nacionalização para empresas que faturam até R$16 milhões ao ano. Também não é mais necessária a aprovação do projeto, sendo feita apenas uma análise de crédito.
Por meio do FNE, pessoas jurídicas podem obter financiamento de até 12 anos, com taxa de juros de 3,5% ao ano. Mas com o incentivo de quatro anos de carência no crédito, em que, durante esse período, só há a necessidade de pagamento dos juros trimestrais.
“Os reajustes de energia nunca são inferiores a 3,5% e, como o prazo é muito longo, eu já fiz simulações onde a economia de energia fica superior ao valor da prestação. No quinto ano após sucessivos aumentos de energia, a gente já prevê que a prestação vai ser menor do que o valor da tarifa daqui há cinco anos”, explica Bastos.
Um novo nicho de financiamento para os sistemas também poderá surgir na próxima semana. Estará em discussão uma possível entrada da Caixa Econômica Federal como agente, atuando através do cartão Construcard pelo prazo de 96 meses, em que as empresas vendedoras dos painéis poderão se cadastrar como fornecedoras pelo benefício.
“Esse é o mundo ideal das energias renováveis, em que próprio sistema se paga”, conclui o executivo. (Jornal da Energia)
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