segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sem receita, Eletrobras corta ganhos de empregados

Os funcionários do grupo Eletrobras estão com dificuldade de conseguir o reajuste salarial no mesmo patamar de anos anteriores, por conta da redução da tarifa de energia, que impactou os lucros da empresa. Diante do impasse, os funcionários entram em greve hoje e permanecerão de braços cruzados por 48 horas. Neste ano, a empresa não está disposta a conceder aumento composto pela inflação oficial em 12 meses, o IPCA (6,5%), mais um percentual relativo ao aumento do consumo de energia no anterior (5%). Os trabalhadores pedem 11,5% de reajuste salarial, mas, a empresa oferece 6,5%.

Além disso, a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), que conduz as negociações, tenta impedir que a empresa leve a diante o plano de negar aos empregados que ingressarem a partir de agora quatro benefícios oferecidos aos demais - plano de saúde, auxílio creche, adicional por tempo de serviço e gratificação de férias. A data base para o reajuste dos salários dos funcionários da Eletrobras era maio, mas, diante do impasse com a direção da companhia, as negociações seguem desde então. A proposta da FNU para pressionar a Eletrobras era promover uma greve por tempo indeterminado. No entanto, na última semana, os trabalhadores conseguiram avanços em suas reivindicações, conta o presidente da FNU, Franklin Moreira Gonçalves. A solução foi parar apenas até amanhã. Na quinta-feira, a entidade volta a conversar como setor de relações sindicais da companhia.

Copel pedirá adiamento do reajuste 
A distribuidora de energia paranaense Copel encaminha hoje à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pedido para prorrogar por pelo menos mais 60 dias a suspensão do reajuste médio de 14,61% nas tarifas da empresa. O prazo, segundo uma fonte do governo, é necessário para que a Copel revise os números e proponha alternativas para o reajuste. (Brasil Econômico / Reuters)
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