quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Liminar prolonga 'guerra' por térmicas

Em cima da hora, dezenas de empresas do setor elétrico conseguiram escapar temporariamente do pagamento pelo uso recorde das usinas térmicas, nos últimos meses. A Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) e a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), que representam geradoras, conseguiram uma liminar no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região contra o rateio dos custos de acionamento das térmicas. 

O desembargador Luciano Amaral argumentou que havia risco de "grave lesão imediata" às empresas. Ele se referia ao fato de que o aporte de garantias para a liquidação dos contratos de compra e venda de energia para operações do mês de julho devia ser feita até ontem. Em abril, o governo mudou a forma de rateio dos custos das térmicas, cujos custos eram divididos entre consumidores industriais (do mercado livre) e residenciais (das distribuidoras). 

Com as mudanças, a conta passou a ser dividida também entre geradoras e comercializadoras de energia. Elas vinham se protegendo por meio de uma liminar, mas a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu derrubá-la na semana retrasada. A nova decisão restabelece a proteção anterior, prolongando a guerra nos tribunais entre empresas e o governo. Não há previsão para o julgamento da ação. (Valor Econômico)