O diretor financeiro da Eletrobras, Armando Casado afirmou que o programa de demissão voluntária da companhia, que visa reduzir custos da estatal, deve ser aprovado até o final deste mês. “Estamos buscando atingir uma eficiência operacional e para isso já padronizamos (o programa de demissão) em todas as empresas”, disse. De acordo com o executivo, o plano de demissão já foi aprovado pelo ministério de Minas e Energia e agora aguarda aprovação do Ministério do Planejamento. “O ministério (do planejamento) pediu mais detalhes, como contratos de meta e ajuste de alguns índices”, explicou. Entre os objetivos da Eletrobras para os próximos três anos está o corte de 30% nos gastos de custeio. Para isso, a companhia conta com adesão de 5 mil funcionários ao plano de demissão voluntária, de um total de 27 mil empregados.
Durante teleconferência com analistas, Casado também comentou sobre as seis distribuidoras do Grupo Eletrobras. Segundo ele “não seria lógico” falar em privatização das empresas nesse momento motivado pela prorrogação dos contratos de concessão. Sem dar mais detalhes sobre os ativos, o executivo frisou que a Eletrobras vai apresentar em 90 dias um estudo com as alternativas para a reestruturação do negócio de distribuição. Recentemente a Eletrobras anunciou seu plano diretor entre 2013 a 2017, que prevê um investimento da ordem de R$ 52,4 bilhões em geração, distribuição e transmissão. Do total, R$ 32,1 bilhões estão comprometidos com empreendimentos já contratados e R$ 20,3 bilhões com novos projetos.
Indenização
O diretor financeiro da Eletrobras também afirmou que as indenizações a serem recebida pela empresa pelas concessões que venceriam entre 2015 e 2017 não devem ter incidência de PIS/Confins. “Fizemos consultas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que já se pronunciou junto ao Ministério da Fazenda para ter maiores esclarecimentos. A informação que temos é que não há incidência de PIS/Cofins, é uma indenização”, disse o executivo. Por outro lado, Casado explica que a empresa vê como possível que a indenização tenha a incidência de imposto de renda. “Aparece como um ganho de capital. Nesse caso não se pode ganhar dos dois lados”, destaca o diretor financeiro da Eletrobras. De acordo com o executivo, a estatal tem até dezembro para realizar um levantamento sobre investimentos em reformas e melhorias feitas em concessões para o recebimento das indenizações.
No balanço de 2012, a empresa calculou valor contábil de indenizações da ordem de R$ 17,14 bilhões, mas o valor assegurado pelo governo é de R$ 14 bilhões. O diretor financeiro da estatal comentou ainda que o grupo não fará projeções de fluxo de caixa e que deve ter prontas estimativas ajustadas para 2013 para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) na próxima reunião do Conselho de Administração da companhia. (Brasil Econômico, com Reuters)
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