O futuro da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) ainda é incerto. Sem o valor definido pelos ativos não depreciados antes de 2000, a única certeza que a companhia tem é que o atual momento não é de realização de novos projetos. Cautelosa e sem demonstrar interesse por expansão, a Cteep, que é responsável pela transmissão de 28% da energia produzida no país, ao optar por renovar suas concessões com base na lei 12.783 (MP 579) aceitou receber duas indenizações. A primeira, que não considera ativos antes de 2000 é de R$ 2,89 bilhões, mais Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 515 milhões. A segunda indenização, ainda sem valor definido, é estimada pelo mercado em R$ 3 bilhões.
Sem data para conhecer o valor, Reynaldo Passanezi, diretor financeiro da companhia afirmou que o atual momento é de “revisão da estratégia e adaptação à nova realidade de receita”. “Quanto tiver mais claro vamos divulgar a estratégia da companhia”, completou. Já o presidente da companhia, Cesar Ramirez, frisou durante conferência de resultado que 2012 — ano em que a empresa atingiu lucro líquido de R$ 843,5 milhões, queda de 7,8% ante o ano anterior — foi “desafiador para companhia que se dedicado a analisar as propostas do governo.”
Segundo ele, ao aceitar a renovação a Cteep afirma estar “ciente de ajustes ao novo cenário, além do uso racional do recurso financeiro visando garantir a eficiência”. “Estamos passando por um período de adaptação como todo o setor”, completou o presidente.
Para 2013, o executivo afirmou que o investimento de R$ 957,4 milhões — 0,5% maior do que o realizado no ano passado — serão utilizados para manutenção da rede existente, concentrado, principalmente, nas subsidiárias. Já sobre o efeito tributário das indenizações, o diretor financeiro da Cteep afirmou que “contratamos um parecer jurídico que nos deu conforto que a receita que estamos recebendo de reversão não é passível de tributação”. Leilão Sem o valor da indenização, a Cteep pode ficar de fora do primeiro leilão de transmissão de 2013, que vai ocorrer em maio.
Aprovado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os empreendimentos, que foram divididos em 10 lotes, estão localizados nos Estados de Piauí, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Goiás, São Paulo, Paraná, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará e Tocantins. Questionada, a empresa informou que “continuará avaliando novas oportunidades de crescimento e expansão, de acordo com seus interesses de negócio e sua capacidade de investimento.” (Brasil Econômico)
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