segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Governo pode lançar editais por fonte de energia

A realização de leilões pontuais por fontes de energia elétrica é uma alternativa que o governo não descarta no curto prazo. Segundo interlocutores de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), a posição de técnicos é a de que nos últimos anos o governo já lançou mão de leilões desta natureza e que foram bem-sucedidos, por isso, pelo menos um leilão por fonte de energia poderá ser realizado ainda este ano. Em 2009, o governo realizou um leilão específico de energia eólica mesmo em meio a dinâmica mais comum de realização de leilões para a contratação de energia dos quais entram todas as fontes. 

O alvo agora é a possibilidade de leilões específicos para termelétricas movidas à biomassa. O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, comenta que esta tendência é mais factível porque a energia a biomassa poderia dar o ponta pé inicial para que este tipo de produção energética deslanchasse. “As usinas a biomassa não conseguem gerar porque nos atuais modelos de leilões os preços nunca não viáveis para elas, mas, se houvesse um leilão por fonte, incentivaria o setor”, avalia. 

Ele faz a comparação com o próprio leilão de eólica que teria sido fundamental para que as geradoras alcançassem preços abaixo dos R$ 100 por megawatt-hora (MWh), obtidos nos últimos leilões nos quais participaram todas as fontes de energia. (Brasil Econômico)

Eletrobras e EDF debatem acordo de cooperação em projetos e investimentos
Membros do comitê diretivo de cooperação entre a Eletrobras e a EDF estiveram reunidos na última sexta-feira, 22 de fevereiro, para debater o andamento de projetos ligados ao acordo que vigora desde dezembro de 2008 entre as duas empresas. O comitê liderado pelo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto e pelo diretor de Desenvolvimento Internacional da EDF, Olivier Orsini, discutiu os relatórios de status referentes à cooperação nuclear Eletrobras/EDF e aos estudos do Projeto Tapajós.

Orsini ressaltou o intercâmbio de know-how possibilitado pelo acordo de cooperação, destacando as diferenças entre o setor energético dos dois países. Segundo ele, a França e o Brasil tem matrizes energéticas totalmente opostas. No país europeu, predomina a fonte nuclear e há apenas uma pequena participação hidráulica. Para o executivo, esse intercâmbio está sendo realizado entre empresas que se conhecem profundamente e baseado em uma relação de confiança mútua.

Jean François Astolfi, diretor de Produção e Engenharia Hidráulica da EDF, também destacou a possibilidade de aprendizado, em que é possível participar de um projeto da importância do Complexo Tapajós. Para ele, como na Europa não existem rios como os do Brasil, nunca haveria uma oportunidade de participação em um projeto como esse.

O comitê discutiu ainda a posição das empresas nos investimentos conjuntos no Arco Norte - a área que abrange Amapá, Roraima, Guiana Francesa, Suriname e Guiana -, em Moçambique e as atividades relacionadas aos investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento acordados entre a EDF, Eletrobras e o Cepel. (Canal Energia)
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