quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Demanda por eólica deve continuar crescendo

A demanda por energia eólica deverá aumentar nos próximos anos, especialmente com a retomada do crescimento industrial e o maior consumo da população brasileira, na opinião de Mathias Becker, presidente da Renova Energia. Segundo ele, uma das vantagens da energia eólica no Brasil é o preço. “O último leilão do ano passado comprovou isso”, afirmou o executivo.

Ele se refere ao preço de R$ 90 pelo qual foram comercializados os Megawatts, valor bem abaixo do teto estipulado pelo governo, de R$ 112. Ele revela que a energia eólica no Brasil é a mais barata do mundo. “Mas isso também traz desafios de eficiência e competitividade.” O plano do governo de licitar 33 mil Megawatts de nova capacidade geradora de energia até 2017, para todas as fontes, também deverá estimular investimentos no setor.

Isso porque a previsão é de que aproximadamente 5.720 Megawatts licitados deverão ser para energia eólica. Becker explica que no ano passado, o setor energético cresceu 3%, ficando acima do PIB brasileiro. “O mercado para a energia eólica deve continuar crescendo entre 1,5 mil e 2 mil Megawatts por ano, já que a matriz hídrica não terá condições de suprir toda a demanda.”

Diante desse cenário promissor para os próximos anos e com as recentes participações nos leilões públicos, a Renova já vem estudando a viabilidade de novas áreas para futuros parques eólicos. Becker revela que estudos tem sido feitos em diferentes regiões do país, como Rio Grande do Norte e Minas Gerais. “Também temos mais três áreas no interior da Bahia.”


Alstom vai fornecer aerogeradores à Renova em parceria de US$ 1,3 bilhão
Uma das principais parcerias do setor energético no Brasil foi anunciada nesta quarta-feira pela Renova Energia e a francesa Alstom. As companhias assinaram a carta de intenções durante evento para clientes e fornecedores em São Paulo. Na ocasião, a geradora brasileira de energia eólica anunciou a contratação de ao menos 440 aerogeradores que serão produzidos na fábrica da Alstom em Camaçari (BA). Juntos, os aerogeradores terão capacidade mínima instalada de 1,2 GigaWatts, volume de energia que equivale à quase totalidade da geração atual do mercado brasileiro de energia eólica. Cada um dos equipamentos tem capacidade mínima de 2,7 Megawatts.

O valor da operação está na casa de US$ 1,35 bilhão. “Durante um ano avalia-mos os principais fabricantes do mercado e a Alstom apresentou a melhor combinação entre preço e desempenho técnico”, afirmou Mathias Becker, presidente da Renova Energia. “A parceria consolida a nossa posição de liderança nesse segmento e vai gerar desenvolvimento para a região”, disse ao BRASIL ECONÔMICO, Marcos Costa, presidente da AlstomBrasil e vice-presidente de Global Power Sales na América Latina. Jerôme Pécresse, presidente mundial do setor de energias renováveis da Alstom, afirmou que a parceria coloca a companhia em uma posição diferenciada no mercado de energia na América Latina. “Esta é uma parceria ambiciosa, o maior acordo onshore da Alstom para a área eólica mundialmente. Nossa intenção é que seja um relacionamento duradouro.” A previsão é de que os aerogeradores comecem a ser entregues a partir de 2015, processo previsto para ser concluído entre três e quatro anos.  (Brasil Econômico)

Leia também: