Demissão em massa está descarta, afirma Eletrobras
O diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado, descartou nesta segunda-feira, 3, a possibilidade de haver demissões em massa na companhia, diante do ajuste de receitas resultante do processo de renovação das concessões. "Demissões diretas estão totalmente afastadas nesse momento. Já temos programas de demissão voluntária definidos em Furnas e Eletronorte, e faremos onde houver necessidade. Mas em hipótese alguma haverá demissão em massa", completou.Questionado sobre a possibilidade de venda de ativos, Casado admitiu que a Eletrobras pode rever "suas estruturas e das distribuidoras" controladas pela estatal. "Trata-se de um processo muito mais forte, que é melhoria de processos empresariais. Temos condições de trabalhar com mais economia interna, com ganho de escala e de tecnologia da informação", acrescentou o executivo.Ainda assim, Casado avaliou as últimas medidas do governo - que reconheceu os ativos de transmissão anteriores a 2000 e vai compensar os investimentos feitos na geração durante os contratos antigos - reforçaram a decisão da Eletrobras em renovar as concessões. "A Medida Provisória e o decreto ratificam a nossa decisão", concluiu. (Agência Estado)
Acionistas da Cteep aprovam prorrogação da concessão
Apesar de ter sido a primeira empresa a se manifestar oficialmente que não aceitaria a prorrogação de seu contrato de concessão com base na Medida Provisória 579, os acionistas da Cteep mudaram de ideia após a publicação da Medida Provisória 591 na última sexta-feira, 30 de novembro, e votaram, por unanimidade, pela renovação do contrato. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta segunda-feira, 3 de dezembro, em São Paulo.Em comunicado ao mercado, a direção da companhia diz que a decisão do governo federal de indenizar ativos não amortizados existentes em 31 de maio de 2000, explicitada na MP 591, elevará a indenização para quase R$ 5,9 bilhões, um acréscimo de R$ 3 bilhões ante a oferta inicial do Poder Concedente (Canal Energia)
Não renovação da Cesp é ´administrável´ para plano do governo
A não adesão da Cesp à renovação de concessões elétricas é "administrável" para plano do governo de reduzir tarifa de energia em 20 por cento. A usina de Três Irmãos, da Cesp, com potência instalada de 807,5 megawatts, deverá ser licitada no início de 2013, disse uma das fontes. Esta usina já teve sua concessão vencida em 2011 e com a recusa da Cesp em prorrogá-la sob as condições do governo, o ativo retorna para a União, que tem o direito de relicitá-la. Segundo a fonte do governo, o leilão da usina de Três Irmãos de ocorrer logo no início de 2013 e a tarifa-teto na licitação será semelhante à proposta para a Cesp. Assim, no caso desta usina, os efeitos da redução tarifária com o fim da concessão já se fariam sentir logo no início do ano que vem. A outra fonte do governo destacou que praticamente 100 por cento dos ativos de transmissão envolvidos no processo de renovação aceitaram as condições do governo e que as ausências deverão se dar mais na geração, com as três usinas que a Cemig já tinha exlcuído do processo, e agora com os ativos da Cesp. "Mas isso não ameaça a redução de 20 por cento da conta de luz", disse, referindo-se à redução média das tarifas prometidas pela presidente Dilma em setembro. Um fator que poderá ajudar a compensar a falta destas usinas deve ser a revogação das obrigações referentes a usinas termelétricas da Bertin, que estão atrasadas e não entraram em operação. Se estes contratos forem extintos, a remuneração deles deixará de pesar no sistema elétrico.
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